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Brasil investiga 29 casos de hepatite misteriosa em crianças

Oito estados monitoram registros e São Paulo lidera com 13 episódios

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 17h26 - Publicado em 13 Maio 2022, 16h26

O novo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta-feira, 13, mostra que 29 casos suspeitos da hepatite fulminante de origem desconhecida em crianças. Até o momento, nenhuma notificação foi confirmada. A doença tem sido investigada em países da Europa e nos Estados Unidos, mas a causa ainda não foi descoberta. A principal suspeita é de que os episódios tenham relação com o subtipo 41 do adenovírus.

Segundo o ministério, os Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar (Renaveh) estão monitorando alterações do perfil epidemiológico e a detecção de casos suspeitos da doença. A orientação da pasta é que qualquer suspeita deve ser notificada imediatamente pelos profissionais de saúde.

No Brasil, estão sendo monitorados casos em oito estados: 13 em São Paulo, cinco no Rio de Janeiro, três em Minas Gerais e dois no Paraná. As demais notificações foram feitas por Santa Catarina (2), Pernambuco (2), Espírito Santo (1) e Mato Grosso (1).

No Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado da Saúde emitiu um alerta para os 92 municípios sobre a hepatite aguda grave na última sexta-feira, 6, quando informou que seis casos da doença eram apurados e que a morte de um bebê de 8 meses, que morava no município de Maricá, estava sendo investigada.

Os primeiros registros da hepatite fulminante em crianças foram feitos em países europeus e se concentravam principalmente no Reino Unido. Segundo balanço divulgado pela OMS, há 348 registros da hepatite misteriosa, 70 notificações em investigação e uma morte no mundo. Em levantamento do dia 25 de abril, foram reportados 17 casos de crianças que precisaram fazer transplante de fígado.

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A entidade investiga a relação dos casos com o adenovírus, que causa doenças gastrointestinais e respiratórias. Há suspeitas de que o subtipo 41, que causa gastroenterites (inflamação gastrointestinal), seja o causador da doença, mas a OMS apura ainda se a Covid-19, substâncias tóxicas, medicamentos, agentes ambientais têm ligação com o problema.

A hepatite é uma inflamação que atinge o fígado e, na maioria dos episódios, é causada por vírus, mas pode ter relação com o uso de substâncias tóxicas, incluindo medicamentos, consumo de álcool, doenças hereditárias e distúrbios autoimunes. Os principais sintomas são icterícia (cor amarelada na pele ou nos olhos), diarreia, dor abdominal e vômito. Nas crianças afetadas, testes laboratoriais descartaram os tipos A, B, C, E e D (quando aplicável).

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