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Áustria desiste de aplicar vacina da AstraZeneca contra a Covid-19

País se junta a Noruega e Dinamarca como europeus que pararam de aplicar as doses; entrega de remessas e casos de trombose foram os principais fatores

Por Matheus Deccache
Atualizado em 18 Maio 2021, 17h05 - Publicado em 18 Maio 2021, 15h31

A Áustria decidiu nesta terça-feira, 18, que vai deixar de usar as vacinas da farmacêutica AstraZeneca devido a problemas de entrega e má reputação. Os austríacos se juntam a Dinamarca e Noruega, que já haviam tomado a decisão devido a efeitos colaterais raros, porém graves.  

“Provavelmente continuaremos administrando as primeiras doses até o início de junho, mas é só. A AstraZeneca será abandonada”, disse o ministro da saúde, Wolfgang Mückstein ao canal privado Puls 24, na última segunda-feira, 17. 

Os motivos que levaram a tomada de decisão por parte da Áustria foram os recorrentes atrasos nas entregas de novas remessas, inclusive levando a abertura de processo por parte da Comissão Europeia, além da desconfiança da população com os raríssimos casos de trombose registrados em pacientes que tomaram as doses dos imunizantes.  

LEIA TAMBÉM: Vacina da AstraZeneca: da suspensão em grávidas ao futuro do imunizante

Nesse sentido, Mückstein, que também é médico, concordou com o parecer da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) de que se trata de uma vacina “segura e de alta proteção”. Com a interrupção da AstraZeneca, a Áustria continuará vacinando a sua população com as doses da Pfizer/BioNTech e da Moderna, ambas utilizando a tecnologia do RNA mensageiro.  

Em meados de abril, a Dinamarca optou por encerrar a aplicação das doses da farmacêutica anglo-sueca, tornando-se o primeiro país a tomar tal medida. Em maio, a Noruega seguiu pelo mesmo caminho. Outros países europeus não chegaram a interromper a aplicação, porém impuseram limites de idade.  

A Áustria já aplicou, até o último dia 17, mais de 3 milhões de doses contra o novo coronavírus, o equivalente a mais de 33% de sua população. Desde o início da pandemia, foram registrados 638 mil casos de Covid-19 no país, totalizando 10.480 mortes. 

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