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Argentina detecta caso de encefalite equina ocidental em humano

Últimos registros da doença rara, transmitida por mosquitos, em pessoas remontam aos anos 1980 e 1990

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 dez 2023, 18h45 - Publicado em 28 dez 2023, 17h52

A Argentina diagnosticou o primeiro caso em quase 30 anos de encefalite equina ocidental, doença rara transmitida por mosquitos, em humano. Os resultados foram obtidos em amostras de um paciente de General Obligado, na província de Santa Fé. Os últimos registros da doença em pessoas foram em 1983 e 1996. O informe foi dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira, 28.

O diagnóstico foi obtido a partir de amostras enviadas pelo Hospital Público de Reconquista, onde o paciente, um trabalhador rural, chegou a ficar internado e evolui favoravelmente. O caso foi tratado inicialmente como suspeito pelos sintomas e pelo histórico de residência em região onde havia casos da infecção confirmados em cavalos. A análise das amostras foi realizada no Instituto Nacional de Doenças Virais Humanas, em Pergamino.

A encefalite equina ocidental é causada por um vírus transmitido pela picada de mosquitos infectados, como o Culex tarsalis, principalmente em áreas rurais. A partir da detecção viral em cavalos, no dia 25 de novembro, o Ministério da Saúde emitiu alerta em todo o país para detectar, por meio da vigilância epidemiológica, possíveis casos em humanos.

Em humanos, a doença tem um período de incubação de dois a dez dias. A maioria dos casos é assintomática ou apresenta sintomas leves com febre, fadiga, dores musculares e mal-estar geral que se resolvem espontaneamente em sete a dez dias.

Segundo a OMS, o vírus tem potencial para se espalhar para outras áreas por meio da migração de aves infectadas ou mesmo com o movimento de pessoas e animais infectados pelo vírus.

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“Dado que as aves atuam como reservatórios, podem atuar como hospedeiros amplificadores da disseminação viral para outros países”, disse a entidade em nota. “Os grupos de risco incluem pessoas que vivem, trabalham ou participam em atividades ao ar livre em áreas endêmicas ou onde existem surtos de doenças ativas declarados em animais.”

Como se prevenir?

Como medidas de prevenção, recomenda-se o saneamento ambiental para evitar a proliferação de mosquitos e a proteção das pessoas que trabalham ou residem nas proximidades de locais propícios ao desenvolvimento de mosquitos e onde ficam alojados cavalos. Na presença de sintomas é recomendada consulta médica.

Na Argentina, entre 25 de novembro e 27 de dezembro, mais de mil casos da doença foram identificados em cavalos em 12 províncias: Buenos Aires, Santa Fé, Córdoba, Entre Ríos, Corrientes, Chaco, La Pampa, Río Negro, Formosa, Santiago del Estero, San Luis e Salta.

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