Anvisa alerta para risco de botulismo iatrogênico após aplicação de botox; entenda quadro e sinais
Brasil registrou 11 casos em 2025, a maioria ligada a procedimentos estéticos; doença pode causar paralisia muscular e representar risco de morte
O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiram uma nota técnica nesta terça-feira, 25, alertando para o risco de botulismo iatrogênico após aplicação de toxina botulínica, o famoso “botox”. O problema pode surgir quando a substância é aplicada em doses acima do recomendado, com intervalos muito curtos entre sessões ou em condições que favorecem sua entrada na corrente sanguínea.
O botulismo iatrogênico é uma doença grave, não contagiosa, causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Nesse caso, a toxina atinge as junções neuromusculares além do local pretendido, bloqueando a liberação de acetilcolina (o neurotransmissor responsável pela contração muscular).
Entre os primeiros sinais estão visão borrada, pálpebras caídas, fala arrastada e dificuldade para engolir ou respirar. Nos casos mais graves, a doença pode causar paralisia muscular e até levar à morte.
Para quem recorre ao botox – seja para fins estéticos ou terapêuticos -, algumas precauções devem ser indispensáveis, como usar apenas produtos registrados na Anvisa e dentro do prazo de validade, buscar profissionais habilitados e clínicas autorizadas, e respeitar as doses e intervalos previstos em bula. Caso surjam sintomas, a orientação é procurar atendimento médico e, se possível, informar o produto utilizado, o fabricante e o lote.
O alerta não é novo. Em março de 2025, a Anvisa já havia reforçado que procedimentos com toxina botulínica devem ser feitos exclusivamente por profissionais habilitados e em serviços autorizados, e determinou atualização das bulas para informar sobre o risco de botulismo, cujos sintomas podem aparecer horas ou semanas após a aplicação.
Globalmente, surtos recentes foram relatados na Turquia (2023), Estados Unidos (2024) e Reino Unido (2025). Já no Brasil, os primeiros casos confirmados surgiram em 2024, e em 2025 já foram registrados 11 casos, a maioria ligada ao uso inadequado da toxina tipo A, geralmente utilizada para fins estéticos.
Para os profissionais de saúde, a Anvisa lembra que qualquer suspeita de evento adverso deve ser registrada no sistema VigiMed, mesmo quando ainda não há confirmação de que o problema está ligado ao medicamento.
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