Adolfo Lutz confirma resultado positivo para variante Ômicron no Brasil
Testes positivos são do passageiro e esposa que vieram da África do Sul. Os dois estão em isolamento
O Instituto Adolfo Lutz confirmou os dois resultados positivos para a variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus no Brasil. O sequenciamento genético que apontou a variante foi feito pelo laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e foi confirmado pelo instituto nesta terça-feira, 30.
Mais cedo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia informado que amostras de dois brasileiros infectados com a Covid-19 tiveram resultado positivo para a nova cepa em exames realizados no laboratório do Einstein.
De acordo com a Anvisa, um passageiro vindo da África do Sul – país que alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a nova variante – desembarcou em Guarulhos no último dia 23 com um resultado negativo para a doença. No dia 25, quando retornaria ao país com a esposa, foi ao laboratório do Aeroporto Internacional de Guarulhos para realizar um novo teste exigido para o voo. Lá, o resultado foi positivo. “Diante dos resultados positivos, o Einstein adotou a iniciativa de realizar o sequenciamento genético das amostras. Ademais, o laboratório notificou a Anvisa sobre os resultados positivos dos testes e sobre o início dos procedimentos para sequenciamento genético no dia 29/11 e, na data de hoje, 30/11, informou que, em análises prévias, foi identificada a variante Ômicron do Sars-Cov-2”, informou, em nota, a agência.
O Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde do estado e do município de São Paulo foram notificados sobre o evento. A Agência ressalta que a entrada do passageiro no Brasil ocorreu no dia 23/11, ou seja, antes da notificação mundial sobre a identificação da nova variante, que foi relatada pela primeira vez à Organização Mundial de Saúde (OMS) pela África do Sul no dia 24 de novembro. A entrada também foi anterior à edição da Portaria Interministerial CC-PR/MS/MJSP/MINFRA n° 660, de 27 de Novembro de 2021, que proibiu, em caráter temporário, voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul e que também suspendeu, em caráter temporário, a autorização de embarque para o Brasil de viajantes estrangeiros, procedentes ou com passagem, nos últimos 14 dias antes do embarque, por esse país.
Entenda as restrições
Conforme recomendação da Anvisa, a Portaria Interministerial nº 660, de 27 de novembro de 2021, proibiu voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue.
De acordo com a Portaria vigente, o viajante brasileiro procedente ou com passagem pela República da África do Sul, República do Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue, nos últimos quatorze dias antes do embarque, ao ingressar no território brasileiro, deverá permanecer em quarentena, por quatorze dias, na cidade do seu destino final.
A Anvisa, desde a última sexta-feira, 26/11, ao identificar o risco de transmissão da nova variante Ômicron, já vem atuando para captação de eventuais riscos de sua disseminação no Brasil.