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44% dos brasileiros sofrem com problemas respiratórios

Realizada pelo Ibope, pesquisa nacional mostrou que as doenças respiratórias mais prevalentes são asma e bronquite crônica. A maioria dos brasileiros afirma que os problemas impactam de forma negativa suas atividades cotidianas, como praticar exercícios físicos, dormir e trabalhar

Por Giulia Vidale
19 ago 2015, 14h10

Uma pesquisa recém-divulgada pelo Ibope mostrou que 44% dos brasileiros apresentam sintomas de doenças respiratórias — asma e bronquite crônica em sua maioria.

O trabalho, realizado com 2 010 brasileiros entre 18 e 65 anos, de todas as regiões do país, mostrou que a maior prevalência dos sintomas respiratórios (65%) se dá nos estados do Sul do país. O pneumologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Clystenes Odyr Soares, atribui esse dado ao clima da região, caracterizado por invernos mais rigorosos e secos, em comparação com os outros estados. “Temperaturas mais baixas associadas com pouca umidade relativa do ar são consideradas um risco para a funcionamento do aparelho respiratório”, explica o médico.

Um dado curioso e preocupante apontado pelo levantamento é o fato de que apesar de 91% dos asmáticos considerarem que sua doença está “controlada”, 72% afirmaram que a doença impacta de forma negativa em suas atividades cotidianas, como praticar exercícios físicos (74%), respirar (64%), dormir (53%) e trabalhar (45%).

A percepção da gravidade da doença foi maior entre as pessoas que dizem tratá-la. “Esse levantamento nos alerta para a percepção equivocada que os pacientes têm em relação aos sintomas respiratórios. E, consequetemente, podem não receber a avaliação médica adequada”, disse Soares.

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De acordo com o médico, alguns sinais de que a asma não está controlada são: apresentar sintomas diários (tosse, falta de ar, chiado e sensação de aperto no peito), usar medicamentos mais que duas vezes na semana, acordar durante a noite ou perceber qualquer limitação nas atividades diárias por causa da doença.

A asma é uma das doenças crônicas respiratórias mais comuns e afeta tanto crianças quanto adultos. Não existe uma causa única para a afecção, mas alguns fatores como genética, ambiente (poeira, pelos de animais) e o tabagismo, podem aumentar a probabilidade de seu desenvolvimento.

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Estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas no mundo convivam com o problema e que sua prevalência aumente em 50% a cada dez anos. No Brasil são 20 milhões pacientes asmáticos, o que significa uma prevalência de 10% na população. A asma é a quarta causa de internação pelo Sistema Único de Saúde, com 160 mil hospitalizações em 2011. De acordo com Soares, no Brasil, a cada quatro horas uma pessoa morre devido a complicações da doença.

A asma consiste na inflamação crônica das vias aéreas, que se estreitam dificultando a respiração. Embora não tenha cura, é uma doença controlável se tratada. Se não tratado, o estreitamento das vias aéreas torna-se ainda mais espesso.

A única forma de controlar a asma é pelo uso de medicamentos de manutenção. Tratam-se de remédios de uso diário, com ação prolongada e compostos por anti-inflamatório (corticoide) — com ou sem broncodilatador (que age no músculo que envolve o brônquio, reduzindo a inflamação e permitindo maior entrada de ar). Entretanto, estudos mostram que cerca de 40% dos pacientes asmáticos não conseguem controlar a doença mesmo com o uso destes medicamentos. Nesses casos, eles precisam usar um tratamento de manutenção adicional — na maioria das vezes, da classe dos broncodilatadores.

Novo tratamento – Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo tratamento de apoio para pacientes com asma grave. De acordo com um estudo realizado com cerca de 1.000 pacientes, o brometo de tiotrópio melhora significativamente a função pulmonar, ou seja, facilita a entrada do ar nos pulmões e reduz em 21% o risco de crise grave.

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