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A Boeing paga 3,8 bilhões de dólares para assumir a divisão de jatos comerciais da Embraer. Acordo fortalece a ambas na disputa pela supremacia nos ares

Por Marcelo Sakate Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 jul 2018, 06h00 • Atualizado em 4 jun 2024, 16h37
  • A americana Boeing está muito, muito perto de adquirir o controle da divisão de aviões comerciais da Embraer. Em conjunto, as duas empresas assumirão a liderança mundial na produção de jatos com capacidade para transportar de setenta a 450 passageiros. Pelo acordo divulgado na quinta-­feira 5, elas deverão formar uma nova companhia, avaliada em 4,75 bilhões de dólares (18,5 bilhões de reais). A Boeing terá 80% do capital, e a Embraer, os 20% restantes. Na prática, os americanos se dispõem a desembolsar 3,8 bilhões de dólares para assumir a divisão de aviões comerciais da companhia brasileira.

    Por exigência do governo e das Forças Armadas do Brasil, ficará de fora da transação a divisão de aviões militares. Ainda assim, as empresas informaram, sem dar detalhes, que planejam uma parceria na área de defesa para a venda de aeronaves. Como adiantou a coluna Radar de VEJA, os jatos executivos, como o Legacy, também não vão entrar no negócio, pois ainda há etapas a cumprir para chegar lá. Na prática, o anúncio de quinta-feira consistiu num memorando de intenções. O contrato definitivo só deve ser assinado em 2019 e requer a aprovação do governo, que tem ação com direito a veto. No entanto, isso pode ser antecipado, para evitar reviravoltas no próximo governo.

    Fundada em 1969, durante o governo militar, a Embraer nasceu vinculada ao Ministério da Aeronáutica. Desenvolveu modelos bem-sucedidos, como o Bandeirante e o Xingu, mas, na década de 80, foi arrastada pela crise econômica. Como estatal, teria morrido. Privatizada em 1994, no governo de Itamar Franco, decolou. Tornou-se a líder mundial na aviação regional, com jatos que têm capacidade para transportar até 150 pessoas. Entretanto, passou a enfrentar concorrência cada vez mais acirrada. A sua histórica adversária, a canadense Bombardier, fechou, em 2017, uma parceria com a europeia Airbus. Empresas do Japão, da China e da Rússia também começarão a vender novos modelos. Sozinha, a Embraer poderia ficar sem fôlego financeiro para se manter na dianteira. A atual configuração do mercado precipitou as conversas que a empresa mantinha, havia algum tempo, com a Boeing. Juntas, ambas agora têm por objetivo impedir que a Airbus, com a Bombardier, se consolide na liderança.

    A nova empresa da Boeing terá sede no Brasil, porém os executivos vão se reportar diretamente à direção, em Chicago. Desde que as conversas vieram a público, em dezembro passado, as ações da Embraer se valorizaram em mais de 60%. Mas os termos do acordo frustraram os investidores, e ações caíram 15% na quinta-feira — uma turbulência normal. É que os analistas esperavam um valor maior.

    Publicado em VEJA de 11 de julho de 2018, edição nº 2590

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