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“O conteúdo é o centro de tudo e a Abril entendeu isso muito cedo”

Em entrevista especial em celebração aos 75 anos da Abril, Taciana Lopes fala sobre sua relação pessoal e profissional com a editora

Por Ana Carolina Pereira, Ligia Barcala e Davi Rocha
1 ago 2025, 11h00

Taciana Lopes cresceu cercada pelas publicações da Abril, dos gibis da infância às capas mais marcantes da Capricho, que assinava e aguardava com ansiedade mês a mês. Na faculdade, foi com a Você S/A que entendeu o universo corporativo, encontrando na revista as referências que buscava. Hoje, como vice-presidente sênior de Marketing e Comunicação da Mastercard no Brasil, enxerga a editora como uma aliada estratégica na missão de construir conexões genuínas com os consumidores. Nesta entrevista especial pelos 75 anos da Abril, ela relembra sua trajetória com as revistas, celebra a longeva parceria entre Abril e Mastercard e reflete sobre como o futuro da comunicação passa, cada vez mais, pela relevância, pelos formatos híbridos e pela capacidade de contar boas histórias.

Estamos falando dos 75 anos da Abril e gostaria de saber se a editora influenciou a sua vida pessoal de alguma forma, para começarmos. Creio que seja impossível encontrar alguém que não foi, de alguma maneira, impactado pela Abril nesses 75 anos. Na infância, assim que aprendi a ler, eu era aficionada pelos gibis da Turma da Mônica, então a minha relação com a editora começou desde bem novinha. Depois, com a chegada da adolescência, eu amava Capricho. Quem não amava? Os colírios, os testes. Eu era assinante e aguardava ansiosamente a chegada da revista em casa.

Tem alguma capa ou matéria específica que te vem à memória? Me lembro muito da Gisele Bündchen, que estampou a Capricho várias vezes. Mas tem uma capa, em especial, que nunca esqueci: a da Thaís Araújo, ainda no começo da carreira como modelo. Infelizmente, a edição seguinte trouxe a notícia de que aquela havia sido, por muito tempo, a revista menos vendida, porque trazia uma menina negra na capa. Foi algo que me marcou negativamente, mas que também ajuda a ver o quanto avançamos hoje.

Hoje, você tem alguma revista favorita ou que mais lê? Eu sou uma leitora voraz, gosto de tudo e sou apaixonada por revistas. Tenho um carinho especial por CLAUDIA, mas, para qualquer profissional, a VEJA é leitura indispensável. Ela pauta o que está acontecendo na política, na economia, na sociedade. E não posso deixar de mencionar a Você S/A. Venho de um histórico que não tem nada a ver com o mundo corporativo, então, quando entrei na faculdade e percebi que seguiria por esse caminho, a revista foi essencial. Me ajudou a entender a linguagem, a dinâmica das grandes empresas. Foi quase como um professor para mim, um guia na minha evolução.

Falando em evolução, você acompanhou as mudanças da comunicação, principalmente no marketing. Qual é a sua percepção sobre os movimentos do mercado? Na Mastercard, construímos a marca partindo do princípio de que o conteúdo está no centro. Ou seja, não começamos pelo canal, mas pela mensagem que queremos passar. Vejo que a Abril tem seguido esse mesmo caminho. Por muito tempo, a editora foi conhecida como uma gigante dos impressos, mas percebeu rápido que, na essência, é uma grande produtora de conteúdo, independentemente do formato.

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É interessante observar essa atuação em múltiplas frentes: eventos, brand experience e em toda e qualquer conexão com os interesses dos consumidores — ou, no caso de vocês, com os leitores. Tem muita sinergia com o que é, de fato, o futuro do marketing.

A volta do impresso é uma tendência. Descobri o nome desse movimento: newstalgia, a nostalgia com um toque de novidade. As gerações mais novas redescobrindo os clássicos de outras gerações.

Os multi e novos formatos, mas também aqueles que são a essência do negócio, não é? Muito conectado a isso, vejo a volta do impresso, porque é uma das tendências. Inclusive, eu descobri outro dia o nome desse movimento: newstalgia, que é a nostalgia com um toque de novidade. As gerações mais novas redescobrindo os clássicos de outras gerações. A Capricho é um bom exemplo desse fenômeno.

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Você teria algum palpite sobre o que o futuro reserva a esse mercado? O futuro segue muito conectado ao conteúdo. O interesse das pessoas pelos mais diferentes temas vai continuar existindo. Vamos adequando o formato de acordo com a demanda e mudanças tecnológicas. Mas os assuntos que despertam paixão permanecem. Como marca, nosso foco é estar nos contextos mais relevantes, para que a mensagem chegue ao consumidor de forma genuína, com atenção e interesse. E a Editora Abril é muito poderosa em fornecer os conteúdos nos contextos certos para gerar valor ao público. 

Isso se conecta com outra pergunta minha, que é a relação da Mastercard com a Abril. Uma parceria de longa data, certo? É uma parceria antiga e, ao que tudo indica, ainda muito longeva. A Mastercard já foi eleita por alguns anos como a marca mais amada na Veja Rio. E, pelo terceiro ano, nosso restaurante, o Espaço Priceless, aparece na lista dos melhores restaurantes brasileiros de São Paulo pela Vejinha. Como construímos nossa marca com base nas grandes paixões dos consumidores, é natural que exista essa sinergia com a Abril, que domina esses territórios. Por isso, esse casamento tem tudo para continuar tão bem-sucedido quanto tem sido até aqui.

Do passado até o futuro, então? Com certeza. E queria aproveitar para deixar os meus parabéns para a Editora Abril, que é, para mim, uma grande refletora e, ao mesmo tempo, influenciadora da cultura brasileira, de tudo que acontece no país. Vida longa e que assim seja por muitos e muitos anos.

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