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Memória: Xênia Bier e Pedro Cavalcanti

A primeira feminista da TV e o jornalista de prosa elegante

Por Redação Atualizado em 4 jun 2024, 15h32 - Publicado em 28 ago 2020, 06h00
Xênia Bier, apresentadora de tv.
FRANQUEZA - A apresentadora: sem medo de incentivar as fãs a cutucar o machismo dos anos 70 e 80 – (Paulo Salomão/Dedoc)

A ouvidos conservadores, em um tempo em que a luta das mulheres por mais espaço no mercado de trabalho ainda engatinhava, nos anos 1970 e 1980, ela parecia ser malcriada, destemperada e mercurial. Não era. Tratava-se apenas do jeito necessariamente incisivo de uma das pioneiras do feminismo na televisão brasileira, a paulistana Xênia Bier. Apresentadora de um programa matinal de imenso sucesso na TV Bandeirantes, o Xênia e Você, ela lia cartas e as respondia sem medo, em plena ditadura militar. Falava de sexo, de violência doméstica e de aborto. Às mulheres que a acompanhavam, debruçadas no forno e fogão, sugeria que envolvessem também o marido na rotina doméstica. Xênia, nascida Vilma Barreto, seria depois contratada para compor a equipe do histórico TV Mulher, da Rede Globo, ao lado de Marília Gabriela, Marta Suplicy, Clodovil e Ney Gonçalves Dias. Aos poucos, sairia do ar, tornando-se colunista das revistas Ana Maria e Contigo! e do portal MdeMulher, da Editora Abril. Tinha 85 anos. Morreu em 24 de agosto, em São Paulo, depois de anos sofrendo de Alzheimer.

Ronaldinho llega a Brasil tras casi medio año detenido en Paraguay
LIBERDADE - O ex-jogador, ao desembarcar no Rio: direito de voltar ao Brasil, depois de 171 dias – (Antonio Lacerda/EFE)

CONCEDIDA a liberdade ao ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto de Assis, que estavam em prisão domiciliar no Paraguai. O processo foi suspenso em troca do pagamento de uma multa equivalente a 200 000 dólares. Segundo acordo com o Ministério Público local, eles terão de prestar contas à Justiça a cada quatro meses. A dupla é acusada de falsificação de passaporte. Foram 171 dias de detenção — um mês em um presídio de segurança máxima e o restante em regime domiciliar em um hotel de luxo em Assunção.

A elegância no texto

08/09/2010 PEDRO CAVALCANTI.FOTO.CLAUDIO GATTI
GUERRAS E REVOLUÇÕES - O jornalista: parte da equipe inaugural de VEJA, em 1968 – (Claudio Gatti/VEJA)
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O jornalista Pedro Cavalcanti escrevia como se vestia: elegantemente. Formado também em economia, ele fez parte da primeiríssima turma de VEJA, em 1968. Em seus três primeiros anos na revista, foi subeditor responsável pela América Latina. De 1971 a 1981 foi correspondente de VEJA em Paris. Cobriu guerras, revoluções, eleições, ascensões e quedas de governantes em toda a Europa e ainda na Ásia e no Oriente Médio. Orgulhava-se de seu trabalho durante a Revolução dos Cravos portuguesa, em 1974. De volta ao Brasil, trabalharia na revista Playboy antes de inaugurar uma bem-sucedida carreira de romancista de livros adultos e infantojuvenis. Foi também cobiçado ghost-writer das memórias de personagens como os ex-go­vernadores de São Paulo Roberto de Abreu Sodré, Luiz Antônio Fleury Filho e André Franco Montoro. Pedro Cavalcanti levantou de manhã, em 20 de agosto, e vestiu sua melhor roupa, pois era o aniversário da mulher: queria impressioná-la. Horas depois, sentiu dores nas costas, queixou-se do incômodo, porém não o levou muito a sério. Mais tarde, sofreu um fulminante ataque cardíaco. Tinha 78 anos.

Publicado em VEJA de 2 de setembro de 2020, edição nº 2702

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