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Datas: Ennio Morricone e Leonardo Villar

O compositor de trilhas sonoras clássicas e o ator de 'O Pagador de Promessas'

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 jul 2020, 06h00 • Atualizado em 4 jun 2024, 13h59
  • Em 2007, quando o compositor e maestro Ennio Morricone recebeu das mãos de Clint Eastwood o Oscar pelo conjunto de sua obra, deu-se uma situação tragicômica típica dos western spaghetti que o consagraram nos anos 1960. Morricone agradeceu à Academia em carregado italiano, já que nunca aprendeu a falar inglês. Finalizado o discurso, nenhum aplauso: o público não havia entendido nada do que ele disse. Coube a Eastwood tentar, de improviso, traduzir a fala do regente. Que ironia: musicalmente, Morricone foi quem melhor traduziu as emoções de centenas de filmes. Ao longo de sua genial carreira produziu composições para mais de 500 títulos. Com o diretor Sergio Leone, imortalizou o faroeste italiano em clássicos como Por um Punhado de Dólares (1964) e Três Homens em Conflito (1966), eternamente associados à trilha. Para o diretor Giuseppe Tornatore, compôs a música de Cinema Paradiso (1988) — que derrete até o mais insensível dos corações. Em Hollywood, ele também fez grandes trabalhos, como a música que pontua Os Intocáveis, de Brian De Palma, em 1987. Foi indicado a seis Oscar, mas só ganhou aquele de 2007 pela obra e um segundo por um dos últimos trabalhos, Os Oito Odiados (2015), de Quentin Tarantino. Morricone morreu na segunda-feira 6, aos 91 anos, de complicações de uma fratura no fêmur, em Roma.


    O eterno Zé do Burro

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    PREMIADO - Villar em O Pagador de Promessas: Palma de Ouro em Cannes. (./Reprodução)

    Muitas das questões sociais abordadas em O Pagador de Promessas, dirigido por Anselmo Duarte em 1962, continuam tristemente atuais. Intolerância religiosa, notícias falsas, politicagem e até acusar a esmo qualquer pessoa de ser “comunista”. O filme estrelado por Leonardo Villar conta a história de Zé do Burro, um homem matuto que promete a uma mãe de santo doar suas terras aos mais pobres e carregar uma cruz até uma igreja católica caso seu burro recupere a saúde. É até hoje um dos mais premiados do país — e o único filme brasileiro a conquistar a Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França. Na época, o piracicabano Villar já estava com 39 anos e uma consolidada carreira no teatro. Nos anos seguintes, manteve sólida presença na TV, com trabalhos marcantes em novelas como Barriga de Aluguel (1990), Laços de Família (2000) e Coração de Estudante (2002). No cinema, brilhou ainda em Brava Gente Brasileira (2000) e Chega de Saudade (2008). Aos 87 anos, fez seu último trabalho na TV: a novela Passione (2010), de Silvio de Abreu, em que interpretou um idoso que se envolve em um triângulo amoroso. Villar nunca se casou — dizia que havia dedicado a vida às artes. Ele morreu na sexta-feira 3, aos 96 anos, em decorrência de uma parada cardíaca, em São Paulo.

    Publicado em VEJA de 15 de julho de 2020, edição nº 2695

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