– Robert Mugabe (Zimbábue, 2017)
Fortaleceu-se ao liderar disputas com países vizinhos e, desde 1980, elegeu-se em seis pleitos sucessivos considerados ilegais pela comunidade internacional. O acordo de sua renúncia, na terça-feira 21, prevê a manutenção de sua fortuna de 1 bilhão de dólares e imunidade judicial para ele e sua mulher, Grace.
– Muamar Kadafi (Líbia, 2011)
Apoiador do terrorismo e líder árabe que mais tempo permaneceu no poder (42 anos), caiu na esteira das manifestações no mundo árabe entre 2010 e 2011. Ficou foragido por dois meses, até ser localizado por forças da Otan. Espancado e sodomizado, morreu em circunstâncias até hoje não totalmente esclarecidas.
– Hosni Mubarak (Egito, 2011)
O militar egípcio governava o país desde 1981, quando renunciou diante das manifestações de milhares de jovens pelo fim do regime. Tinha fortuna estimada em 70 bilhões de dólares, mas contas e propriedades em seu nome e no de parentes foram confiscadas. Condenado à prisão perpétua, cumpre pena no Cairo.
– Mobutu Sese Seko (República Democrática do Congo, 1997)
O ditador que comandou o Congo por 32 anos e apoiou o genocídio de Ruanda foi derrubado por guerrilheiros tutsis. Com fortuna estimada em 5 bilhões de dólares, construiu no meio da floresta uma fortaleza de mármore de Carrara, que chamava de Versalhes Africana. Morreu exilado no Marrocos.
– Jean Bédel Bokassa (República Centro-Africana, 1979)
Em 1966, destituiu seu primo, David Dacko, e permaneceu treze anos no poder. Em 1977, autoproclamou-se imperador em uma cerimônia de 20 milhões de dólares. Foi deposto por tropas francesas em 1979, depois de mandar matar estudantes contrários a seu governo. Ficou preso até 1993 e morreu em 1996, aos 75 anos.
Publicado em VEJA de 29 de novembro de 2017, edição nº 2558