Vítima de assédio, deputada Isa Penna é ameaçada de estupro e morte
Ameaça enviada por e-mail fala em golpear a cabeça da deputada com martelo, estuprá-la e, depois do ato, cortar a sua cabeça; Penna já registrou B.O.

A deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP), que sofreu assédio do deputado estadual Fernando Cury (Cidadania-SP) durante sessão para votação do orçamento do estado de São Paulo, vem sendo ameaçada de morte e estupro.
A deputada registrou um boletim de ocorrência na quinta-feira, 27, após receber um e-mail com as ameaças de “golpear o crânio um martelo ordinário”. Após o golpe, o criminoso diz que vai estuprá-la e, depois do ato, cortar a sua cabeça. As ameaças estão sendo investigadas pela Divisão de Crimes Cibernéticos. A reportagem de VEJA procurou a deputada Isa Penna, mas ela não retornou até o momento da publicação.
Em seu Twitter a deputada escreveu na noite de sexta-feira, 29: “As intimidações nesse ano eleitoral já começaram. Ser mulher na política não é fácil, mas seguirei de cabeça erguida e mais importante: denunciando.”
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>As intimidações nesse ano eleitoral já começaram. Ser mulher na política não é fácil mas seguirei de cabeça erguida e mais importante: denunciando. <a href=”https://t.co/k6N9IUiD2G”>https://t.co/k6N9IUiD2G</a></p>— Deputada Isa Penna (@isapenna) <a href=”https://twitter.com/isapenna/status/1487179903476846595?ref_src=twsrc%5Etfw”>January 28, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
A deputada foi vítima de assédio em dezembro de 2020. Um vídeo gravado mostra o momento em que o deputado Fernando Cury (Cidadania-SP) abraça a deputada por trás e passa as mãos nos seus seios. Na época, Penna registrou um boletim de ocorrência contra o deputado por importunação sexual. Em depoimento ao Conselho de Ética da Alesp, Cury se defendeu dizendo que foi um “gesto de gentileza” e pediu desculpas pelo constrangimento e ofensa. Cury foi suspenso da Alesp e notificado pela Justiça 10 meses após a denúncia.