O ministro da Justiça, Sergio Moro, disse nesta quarta-feira 7 que a violência doméstica é uma forma de reação de homens que “se sentem intimidados” na tentativa de “afirmar uma pretensa superioridade que já não existe mais”. A declaração ocorreu durante discurso em evento que marcou os 13 anos da Lei Maria da Penha, criada para punir casos de violência doméstica, no Palácio da Justiça, em Brasília.
Na ocasião, o ministro assinou um pacto de combate à violência doméstica ao lado da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entre outras autoridades.
Durante o discurso, Moro negou que as mulheres sejam frágeis e defendeu a necessidade de políticas públicas para protegê-las de atos de violência. “Precisamos [de políticas públicas] porque elas são fortes. Nós, homens, temos que reconhecer que, em geral, elas são melhores do que os homens. Talvez nós, homens, nos sintamos intimidados e, por conta disso, infelizmente, recorremos à violência para afirmar uma pretensa superioridade que não mais existe”, disse o ministro.
O pacto assinado por Moro, entre outras autoridades, prevê algumas iniciativas, como a criação de uma política de geração de renda para mulheres em situação de vulnerabilidade. É a segunda ocasião em que o ministro da Justiça se pronuncia sobre o tema. No último dia 8 de março, quando é comemorado o Dia da Mulher, Moro disse que “violência doméstica é covardia”, e defendeu o uso de tornozeleira eletrônica para condenados pelo crime.
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