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O deputado Washington Quaquá (RJ), um dos vice-presidentes do Partido dos Trabalhadores, chegou a Brasília há apenas sete meses, período mais do que suficiente para o dirigente petista causar barulho e se consagrar como uma voz dissonante dentro da legenda de Lula.
Aos 52 anos, dos quais 38 deles foram marchados ao lado do PT, Quaquá se sente confortável para fazer questionamentos à legenda e à esquerda, como mostrou em entrevista publicada nesta edição de VEJA.
Em sua visão, a esquerda precisa deixar de ser “dogmática” e “fundamentalista”, cair na realidade de que uma composição com o Centrão é necessária e abandonar discursos da militância “da praia de Ipanema de sunguinha” para gastar mais sola de sapato dentro das favelas.
Em novembro, o deputado deve lançar o “Diálogos com a Utopia”, um livro no qual algumas dessas críticas estarão registradas em papel. “Existem exageros que a pauta comportamental estabelece que isolam a esquerda das pessoas. E vou escrever isso no meu livro”, disse Quaquá.
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