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Velha-guarda do PT está preocupada e quer ser ouvida por Lula

Antigos companheiros de caminhada alegam que governo não tem rumo nem quadros capazes de contestar as ideias do presidente

Por Daniel Pereira 8 jun 2024, 09h54

Quando conquistou pela primeira vez a Presidência da República, Lula convocou para os principais cargos do governo colegas do PT que participaram da criação do partido, da sua profissionalização e da longa caminhada até a consagração eleitoral. Entre eles, José Dirceu (Casa Civil), Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação Social), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) e Gilberto Carvalho (chefe de gabinete). Eram quadros experientes e considerados profissionais da política até por oposicionistas.

Por circunstâncias diversas, a velha-guarda do PT ficou de fora da equipe do terceiro mandato de Lula, na qual quase não há assessores e ministros com intimidade — e coragem — para contestar o presidente, como ocorria em seu primeiro mandato. Essa nova configuração, segundo os próprios petistas, contribui para a falta de coordenação dentro da administração, os tropeços verbais cometidas pelo mandatário e, principalmente, a dificuldade do governo de corrigir rumos — ou de convencer o eleitorado de que há um rumo claro a ser seguido.

Vozes do passado

Em entrevista a uma rádio da Bahia, José Dirceu, ex-homem forte no primeiro mandato de Lula, condenado à prisão nos escândalos do mensalão e do petrolão, disse que o presidente deveria ouvir mais antigos aliados, como os ex-deputados João Paulo Cunha e José Genoino, também condenados no mensalão, e o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia. Todos os citados têm estrada de sobra, conhecem os prazeres e os dissabores do poder e têm liberdade para um diálogo franco com o presidente, pré-condição para que ele seja confrontado quando necessário.

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A velha-guarda petista acha importante, por exemplo, ressaltar a Lula que a esquerda não ganha eleição, não governa e não transforma o país sozinha. Diante disso, o presidente deveria tomar duas atitudes. Uma delas é fortalecer o conceito de frente ampla no governo, e não enfraquecê-lo, como tem ocorrido.

A outra é priorizar pautas consensuais, sobretudo na área da economia e da transição energética, sem se desgastar tanto com bandeiras que são caras à esquerda, mas não prioritárias para o país. Se forem ouvidos, os conselheiros tendem a repetir que o governo precisa de foco, de um plano definido, o que não parece existir até agora.

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