Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Vaga do TCU vai servir de moeda de troca para Lira

Adiamento da votação permite negociar cargo com novas bancadas e eventual governo eleito em troca de reeleição na Casa

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Letícia Casado 17 jul 2022, 11h17

O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), deixou para o fim do ano a votação na qual os deputados vão escolher o nome do colega que vai ocupar a cadeira da ministra Ana Arraes no Tribunal de Contas da União (TCU). Ela se aposenta no fim de julho. Quando retornar ao Congresso depois das eleições gerais, Lira já vai saber se precisará usar a vaga como moeda de troca com um novo governo e qual o tamanho dos partidos com os quais vai negociar votos para sua reeleição à Presidência da Casa.

A briga pela nova vaga no tribunal ganhou contornos curiosos ao longo dos últimos meses devido à demora para Lira pautar a votação. O voto é secreto e os nomes dos candidatos já estão postos há meses.

O presidente da Casa, que costuma ser enérgico quando trata de algum tema de interesse próprio ou do governo, segurou a eleição ao longo do primeiro semestre e, em conversas reservadas, previu a votação para 5 de julho. No início do mês, entretanto, avisou os líderes que a escolha do novo integrante do TCU ficaria mais para a frente –leia-se fim do ano, já que a campanha eleitoral começa oficialmente em agosto. A partir do próximo mês, o Congresso praticamente para de funcionar e os parlamentares se concentram nas campanhas em seus estados.

O adiamento desagradou os deputados, que esperavam um desfecho para a situação. Postergar a eleição para o TCU para o fim do ano é um risco para os candidatos e para o próprio Lira. Primeiro porque a configuração de forças na Câmara vai ser diferente por causa da bancada eleita em outubro. Os parlamentares que não conseguirem se reeleger dificilmente vão estar preocupados com os projetos pessoais dos colegas que postulam o cargo.

E, se Lula (PT) ganhar de Jair Bolsonaro (PL), o poder de barganha dos grupos que estão no comando da Casa pode diminuir significativamente –incluindo o do próprio Lira, já que a oposição vai trabalhar para que ele não seja reeleito à presidência da Câmara.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.