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União Brasil e PP, agora, querem ‘superbloco’ na Câmara

Diante do naufrágio da federação, os deputados Arthur Lira e Elmar Nascimento querem formar bloco e concentrar neles a interlocução com o Planalto

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 mar 2023, 12h37

Após o naufrágio da federação entre o União Brasil e o PP, proposta em negociação há mais de cinco meses, articuladores do projeto agora miram a formação de um bloco parlamentar na Câmara dos Deputados. Pelo novo formato em estudo, o superbloco reuniria 108 deputados (59 do União e 49 do PP), passando a ser o segundo maior da Casa. O primeiro, que conta com sete legendas, entre as quais o MDB e o PSD, soma 151 parlamentares.

A solução é uma alternativa à federação, quando as legendas se unem por pelo menos quatro anos com um caráter nacional, atuação conjunta e programa em comum. O bloco, por sua vez, tem validade apenas na Câmara. O formato soluciona o impasse que travou as negociações em torno da federação União-PP – divergências locais foram os principais entraves para o avanço da medida. Também foi apontada a resistência do deputado Luciano Bivar, presidente do União Brasil, em acatar a federação – ele, dizem, temia perder influência partidária para caciques como Arthur Lira e Ciro Nogueira, do PP.

Os principais articuladores da formação do bloco parlamentar são o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o deputado Elmar Nascimento (União-BA). Se funcionar, na prática caberá ao Palácio do Planalto negociar com a dupla. Os dois, desde o início do governo Lula, vêm dando recados de insatisfação e de que vislumbram mais espaço no governo.

O União Brasil tem três ministérios – todos, no entanto, indicados pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), o que aumenta a pressão para que haja uma “cota” da Câmara dos Deputados. O PP, por outro lado, não tem nenhum cargo no governo. O partido é presidido pelo senador Ciro Nogueira, ex-ministro de Jair Bolsonaro e opositor à gestão de Lula.

Com a substituição da federação pelo bloco, dizem, abre-se caminho para que deputados do PP possam compor com o governo sem, no entanto, ficar configurada uma negociação institucional da legenda. Não é de hoje que parlamentares falam que o maior sonho do partido é voltar a ocupar o Ministério da Saúde.

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