Troca de mensagens entre GSI e Comando Militar será alvo da CPMI
Parlamentares querem ter acesso às tratativas do governo com os militares sobre o dia 8 de janeiro
Um grupo de WhatsApp formado por agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e militares do Comando Militar do Planalto (CMP) está na mira da CPMI que vai apurar aos atentados do dia 8 de janeiro.
Foi nesse grupo que as principais tratativas envolvendo o Palácio do Planalto e o Exército foram travadas antes do dia 8 e também durante os ataques.
Como mostrou reportagem de VEJA, que teve acesso a parte dessas mensagens, o GSI, responsável pela segurança do Planalto, dispensou os militares na véspera, mesmo após os órgãos de segurança já alertarem para os riscos de a manifestação descambar para a violência e a depredação.
Já no final de manhã de domingo, faltando pouco mais de uma hora para o início da manifestação, o gabinete de segurança solicitou apenas um pelotão – formado por 36 homens, número insuficiente para conter as milhares de pessoas que estavam na Esplanada. Mesmo após a invasão, não houve qualquer solicitação de reforço militar para conter os vândalos.
Para ter acesso à troca de mensagens, parlamentares articulam apresentar um requerimento pedindo a quebra do sigilo telefônico de agentes e militares que participavam do grupo. A CPMI foi criada na última quarta-feira, 26, e deve ter início nos próximos dias, após as lideranças partidárias definirem os membros que vão compor o colegiado.