Só Lula e Tarcísio têm saldo de imagem positivo entre presidenciáveis
Candidato derrotado à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal é o mais rejeitado entre quase duas dezenas de políticos citados em pesquisa

Pesquisa divulgada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg mostrou que apenas o presidente Lula (PT) e o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), têm um saldo de imagem positivo entre dezenove políticos listados, a maior parte deles considerada presidenciável. O levantamento foi realizado entre 20 e 24 de abril, ouviu 5419 pessoas e tem margem de erro de um ponto percentual.
Pré-candidato à reeleição em 2026, Lula tem a imagem positiva para 53% e negativa para 47%, uma diferença favorável de seis pontos. Cortejado para desistir da renovação de mandato ao governo paulista e enfrentar o petista no próximo ano, Tarcísio é aprovado por 49% e rejeitado por 45%, o que lhe garante, portanto, uma margem positiva de quatro pontos.
Desgaste generalizado
Proibido de disputar eleições até 2030 e réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro tem um saldo de imagem negativo de 11 pontos. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, cogitada para representá-lo nas urnas, registra um déficit um pouco menor, de 9 pontos. É metade do saldo negativo da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que tem imagem positiva para 34% e negativa para 52%.
Com pré-candidatura já lançada, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), ostenta um saldo negativo de 25 pontos. Há potenciais postulantes com desempenho pior do que o dele, com destaque para o eterno presidenciável Ciro Gomes (-38 pontos), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (-46), e Pablo Marçal (-53), que cresceu de forma meteórica na campanha pela prefeitura de São Paulo, mas acabou derrotado.
Refresco momentâneo
A pesquisa também mostrou que Lula e o governo conseguiram recuperar um pouco de fôlego em termos de popularidade. A aprovação do presidente, por exemplo, passou de 44,9% em março para 46,1% em abril. Já a reprovação caiu, no mesmo período, de 53,6% para 50,1%. Um levantamento do Datafolha divulgado no início de abril já havia detectado movimentado parecido: a interrupção do derretimento de imagem do presidente, cuja gestão, no entanto, continua a ser rejeitada pela maioria da população.