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SNI monitorou o embaixador Mauro Vieira em viagem a Cuba nos anos 80

Arapongas consideram estranha a visita que o então funcionário do INSS fez ao país comandado por Fidel Castro

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 jun 2024, 16h34

Ao ser escolhido como ministro das Relações Exteriores, o embaixador  Mauro Vieira contou, ainda antes de tomar posse, que a primeira missão que recebeu do presidente Lula foi a de restabelecer as relações diplomáticas com a Venezuela de Nicolás Maduro. No cargo, Vieira seguiu a orientação à risca.

Ele também reaproximou o Brasil de ditaduras como Cuba, China — países que foram isolados diplomaticamente no governo de Jair Bolsonaro. A política externa do Brasil — também por isso — tem sido alvo de muitas críticas. Vieira é um servidor público de carreira, que já teve a vida bisbilhotada pelos órgãos de repressão durante a ditadura militar.

SNI monitorou viagem do embaixador a Cuba

Em 1988, um documento produzido pela Divisão de Segurança e Informações do Ministério da Previdência e Assistência Social, uma sucursal do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI), trata de uma viagem que Mauro Vieira fez a Cuba.

Na época, o hoje embaixador exercia um cargo de secretário de Administração do INPS, o atual INSS. O documento é intitulado “Repercussão negativa de viagem de servidor do INPS a Cuba”.

O relatório ressalta que Mauro Vieira tinha acabado de ser designado para exercer o cargo e, mesmo antes de assumir, a primeira coisa que ele fez foi viajar a Cuba, com diárias pagas pelo contribuinte, para tratar de estudos sobre medicamentos desenvolvidos para  o vitiligo, uma doença de pele.

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Paranoicos e sempre desconfiados de que havia um comunista em cada esquina, os arapongas estranharam a viagem de Mauro Vieira, já que não caberia ao Ministério da Previdência esse tipo de assunto.

Em tese, segundo eles, a viagem, se necessária, deveria ter sido feita por servidor ligado ao Ministério da Saúde. “Repercutiu negativamente no âmbito do INPS a indicação de Mauro Luiz Vieira, já que ele não tinha ainda assumido o cargo no Instituto”, escreveram os arapongas.

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