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PL do aborto: Sâmia diz esperar que reação faça colegas ‘caírem na real’

Deputada do PSOL afirmou em live de VEJA que o governo Lula deveria 'colocar o seu peso político' para combater o projeto, classificado como 'retrocesso'

Por Da Redação Atualizado em 14 jun 2024, 13h29 - Publicado em 14 jun 2024, 09h18

A deputada federal Sâmia Bomfim foi a entrevistada desta sexta-feira, 14, na live do programa Os Três Poderes, sempre transmitido a partir das 12h. A parlamentar do PSOL-SP falou sobre o projeto no Congresso que equipara o aborto a partir das 22 semanas a homicídio. A deputada é uma crítica da proposta, capitaneada pela ala conservadora do Legislativo. O projeto de lei teve o regime de urgência aprovado na Câmara nesta semana, o que permite sua votação no plenário sem passar por comissões.

Questionada sobre a posição praticamente neutra do governo Lula durante a votação da urgência do projeto, Sâmia afirmou que a reação contrária de grande parte da sociedade ao tema pode fazer com que parlamentares progressistas e/ou de esquerda se posicionem mais firmemente. Ela também ponderou que a gestão petista pode ajudar a ‘virar o jogo’, se colocar o seu peso na discussão.

“Eu espero que ao menos a reação que está acontecendo contra o projeto, que eu tenho certeza que a maioria dos parlamentares não esperava, mas manifestações de rua já estão aparecendo, espero que essa reação faça alguns dos meus colegas caírem na real e entenderem que não é um tema menor”, disse a deputada.

“Eu considero um erro que o governo siga dizendo que não é da sua conta os temas que eles chamam de ‘pauta de costumes’, porque isso da mais espaço, encorajamento e força pra extrema direita. Isso cria um discurso quase unificado, porque tirando eu e outras vozes de deputadas que estão se pronunciando contra o projeto, pareceria mesmo pra sociedade brasileira que todo Congresso é a favor de retroceder na lei do aborto. E quando o governo coloca o seu peso político e estrutural pra combater algo que diz respeito a milhões de mulheres e meninas brasileiras, sem dúvida vira o jogo”, acrescentou.

A parlamentar do PSOL também reiterou que considera o projeto como “o maior retrocesso para os direitos das mulheres em quase cem anos” e apontou a eleição de 2025 para a Mesa Diretora da Câmara como um dos motivos para o presidente da Casa, Arthur Lira, ter colocado na pauta e votado o requerimento de urgência.

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“Arthur lira vem pautando outros temas chamados de costumes, que diz respeito aos direitos humanos, polêmicos na sociedade brasileira, pra agradar, sobretudo,s deputados do PL ou os deputados da extrema direita, numa discussão que é paralela a essa que é a do seu sucessor à Presidência da Câmara”, opinou a deputada.

“É público que o presidente Arthur Lira tem um candidato, que é o deputado Elmar Nascimento. Ele se enfraqueceu muito quando houve a votação em torno da manutenção ou não da prisão do Brazão, que foi um dos mandantes do assassinato da Marielle. Desde então, tem uma relação um pouco mais orgânica com o PL e agora também com a bancada evangélica. Acho que ele vem construindo um xadrez ali no Congresso pra instituir uma maioria pra garantir o seu nome na sucessão”, acrescentou Sâmia.

Sobre Os Três Poderes

O programa, que traz análises dos principais fatos da semana, tem apresentação do editor Ricardo Ferraz e comentários dos colunistas Marcela Rahal, Matheus Leitão e Ricardo Rangel. Os Três Poderes também vai debater nesta sexta as trapalhadas do governo Lula na área econômica, assunto que estampa a capa de VEJA desta semana.

Confusões como a da natimorta MP que limitaria créditos tributários das empresas fizeram o Executivo entrar em confronto com o Congresso e aumentaram a incerteza na economia. A bola fora foi um erro crasso à luz da Constituição e das melhores práticas de legislação tributária, tanto é que foi devolvida pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. O episódio trouxe ainda dúvidas sobre o poder e o destino do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que enfrenta inédita fragilidade política.

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