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‘Raiva e ódio’: As conversas entre Moraes e o comandante do Exército, segundo Mauro Cid

Em mensagens, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse que era informado pelo general Tomás Paiva sobre conversas com o ministro do Supremo

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 jun 2025, 23h15

Em mensagens trocadas com o advogado Luiz Eduardo Kuntz por meio de uma rede social, o tenente-coronel Mauro Cid detalhou uma série de conversas que teriam sido mantidas entre o comandante do Exército, general Tomás Paiva, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com Cid, foi o próprio chefe do Exército quem detalhou os diálogos a ele e ao pai dele, o general Mauro Lourena Cid. O general Tomás e o ministro do Supremo têm uma sabida boa relação. Apesar disso, interlocutores do comandante afirmam que ele jamais repassou à família Cid informações sobre o Supremo ou Moraes.

Leia também: A reação em cadeia no caso Mauro Cid após revelação de mensagens por VEJA

As conversas entre Kutz e Mauro Cid aconteceram entre janeiro e março de 2024 por meio do perfil no Instagram @gabrielar702, que supostamente pertencia à mulher do militar. À época, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro já havia firmado um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

Na última segunda-feira, 16, Kuntz anexou à investigação no Supremo sobre a tentativa de golpe, relatada por Moraes, a íntegra das conversas com Mauro Cid.

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Bolsonaro ‘acabou com a vida dele’

Eduardo Kutz é responsável pela defesa do coronel Marcelo Câmara, que trabalhou com Cid na ajudância de ordens e também é alvo de investigação do STF. Em um dos trechos, o advogado afirma que a prisão de seu cliente é uma “vergonha” e tem como objetivo pressioná-lo a “tentar fazer com ele o que fizeram com você”.

Cid, então, afirma que “ele”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, “não vai soltar tão cedo”. “Ele tem raiva e ódio… Ele acha que o Pr [presidente Jair Bolsonaro] acabou com a vida dele…”, respondeu.

Na sequência, o militar afirma de onde veio essa informação: “CMT EB que conversou com ele e passou para o meu pai”, disse Cid, referindo-se ao comandante do Exército Brasileiro, Tomás Paiva. O militar também disse que o general Tomás e o pai dele “conversam sempre”.

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O militar ainda concluiu que Moraes “vai querer acabar com a vida do Pr [ex-presidente Bolsonaro] e do entorno”. Marcelo Câmara é investigado, entre outras coisas, por monitorar o ministro Alexandre de Moraes depois das eleições de 2022.

‘Falo quando ele encontra’ o ministro

Em outro trecho, Mauro Cid é questionado se tem falado com mais alguém. “Com ninguém… Eu só falo com o CMT EB [general Tomás] quando ele encontra com o AM [Alexandre de Moraes]…”, respondeu.

O advogado então questiona se o comandante e Moraes têm se falado bastante e sobre uma suposta ordem do general de “mandar o Carmona [general que chefia o Comando Militar do Planalto] organizar os quartos”.  “Foi verdade… Quando eu estava preso… Eles já estavam preparando para o Pr [ex-presidente Bolsonaro]”, respondeu o militar.

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Ressentimento com o chefe do Exército

Demonstrando um certo ressentimento, Cid também escreveu que o general Arruda, antecessor de Tomás Paiva na chefia do Exército, “nunca deixaria eu ser preso”.

Em outro trecho, afirma que pediu para seu pai não falar com o chefe do Exército sobre a promoção a coronel, uma das ambições do Cid mesmo após as investigações, porque não ia se “rebaixar”.

“Mas uma coisa é certa… O Gen Tomás, que já não tem apoio na força, vai perder tudo de vez”, afirma.

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