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PSDB quer que Mantega se explique no Senado

Acusado de se omitir ante irregularidades na Casa da Moeda, ministro tem blindagem do Planalto, que teme desgaste do comandante da área econômica

Por Gabriel Castro
6 fev 2012, 14h16

Depois da demissão do ministro das Cidades, Mário Negromonte, que caiu na semana passada após cinco meses na corda bamba, Guido Mantega, da Fazenda, se transformou no pivô de mais um embate entre governo e oposição. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), pediu nesta segunda-feira à Comissão de Assuntos Econômicos da Casa a convocação do ministro e do ex-presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, demitido por suspeita de irregularidades no cargo. Mantega se transformou em alvo porque, embora tenha sido informado dos desvios em 2010, só exonerou o subordinado neste ano por ordem da presidente Dilma Rousseff.

“O ministro deu uma explicação confusa sobre o caso. De qualquer forma, ele confessou que a indicação é partidária. Ou seja, é o sistema de loteamento que desqualifica a atividade, porque esse é um cargo que exige qualificação técnica”, diz o líder tucano. Denucci, que foi indicado para o cargo pelo PTB, acabou perdendo o apoio dos correligionários durante sua gestão.

Embora tenha concordado com a ida de outros ministros ao Congresso, o governo não pretende aceitar a convocação de Mantega: o temor é que a exposição do petista gere instabilidade na economia. “Fica mal porque isso revela que o governo tem ministros de primeira classe e segunda classe”, afirma Alvaro Dias.

O episódio deve se transformar na nova batalha entre governo e oposição. Na Câmara, o PPS também vai pedir uma acareação entre Mantega, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), e o presidente do PTB, Roberto Jefferson. Cada um apresentou uma versão diferente sobre o episódio. Os deputados tucanos também irão pedir a convocação de Mantega, mas isso só deve ocorrer depois do carnaval, quando as comissões estiverem funcionando.

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Irregularidades – Exonerado na semana passada, Denucci é investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro. O ex-presidente da Casa da Moeda foi indiciado numa ação de evasão de divisas. A Polícia Federal investigava o recebimento de 1,8 milhão de reais vindos do exterior em junho de 2000 e que foram parar em sua conta corrente.

Uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo diz que Denucci recebeu propina de fornecedores da Casa da Moeda por meio de duas offshores nas Ilhas Virgens britânicas – conhecido paraíso fiscal.

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