PSDB fecha questão a favor da reforma da Previdência
Com isso, os 46 deputados do partido serão pressionados a votar pelas mudanças nas aposentadorias; por enquanto, tucanos descartam punir dissidentes
![Geraldo Alckmin comemora após ser eleito presidente nacional do PSDB, após convenção do partido em Brasília (DF) - 09/12/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/12/convencao-psdb-20171209-0010.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O PSDB decidiu fechar questão e votar a favor da Reforma da Previdência. Com a decisão tomada na reunião da Executiva Nacional nesta quarta-feira, os 46 deputados do partido serão pressionados a votar com a orientação. Neste primeiro momento, o partido decidiu não punir eventuais deserções.
A decisão da Executiva, colegiado formado pelas principais lideranças do partido, terá um efeito simbólico forte. Se não há tradição no tucanato de punir divergentes, o fechamento de questão aumenta a pressão para que a bancada do partido, que estava relutante, aprove as mudanças na aposentadoria.
O apoio do PSDB é considerado essencial para que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) consiga aprovar a reforma. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), são necessários 308 votos para que seja aprovada na Câmara. Depois, ainda precisa passar pelo Senado, também com o apoio de um terço dos membros.
No último sábado, durante a Convenção Nacional do PSDB, em Brasília, os principais oradores, entre eles o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, virtual candidato da legenda ao Palácio do Planalto, defenderam com veemência a aprovação do projeto. A reunião desta quinta-feira da Executiva foi a primeira de Alckmin como presidente nacional do PSDB.
Em declaração exclusiva a VEJA, o governador de Goiás, Marconi Perillo, eleito vice-presidente, afirmou que trabalharia para que o partido fechasse questão. A reforma da Previdência é considerada uma bandeira tradicional dos tucanos, sendo que os primeiros ajustes foram feitos ainda no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, nos anos 1990.