Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Propina em 3 tempos: Eliseu Padilha e petistas contra a Odebrecht

Empreiteira relata que, pela mesma obra, teve que dar dinheiro ao atual chefe da Casa Civil e a dois grão-petistas

Por Rodrigo Rangel, Daniel Pereira, Robson Bonin, Laryssa Borges, Marcela Mattos, Felipe Frazão, Hugo Marques, Thiago Bronzatto
Atualizado em 12 abr 2017, 00h45 - Publicado em 11 abr 2017, 22h51

Um dos ministros mais poderosos do governo Temer, um ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff e um ex-presidente da Câmara dos Deputados. A delação do fim do mundo narra em detalhes como os três personagens, em diferentes ocasiões, fizeram a Odebrecht desembolsar propinas milionárias por terem ajudado a empreiteira a obter facilidades durante a construção de uma linha de trem no Rio Grande do Sul.

Cada qual do seu jeito, e por razões diferentes, os três bateram à porta da empreiteira para pedir dinheiro: Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil, Paulo Bernardo, ministro do Planejamento no governo Lula e das Comunicações no governo Dilma, e Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados entre 2011 e 2012.

A propina paga a cada um, segundo os delatores da Odebrecht, era atrelada ao valor total do contrato, de quase 324 milhões de reais. Os três pedidos de propina vieram em sequência. O primeiro partiu de Marco Maia, que presidiu a Transurb, empresa pública responsável por contratar os serviços da empreiteira. Os delatores relataram que Maia cobrou 0,55% do total do contrato para não criar entraves durante a execução da obra.

O segundo pedido disseram os delatores, partiu de Eliseu Padilha. O atual chefe da Casa Civil, segundo eles, cobrou o equivalente a 1% do contrato por ter supostamente favorecido a Odebrecht no processo de licitação.

Foi então que veio a demanda derradeira: o ministro Paulo Bernardo pediu mais 1% alegando que atuou para incluir a obra no PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado ainda no governo Lula.

Continua após a publicidade

A Odebrecht, acostumada a atender pedidos desse naipe, atendeu os três. Os pagamentos foram feitos entre 2009 e 2010, com dinheiro do setor de propinas da empreiteira. Nos arquivos, ficaram registrados os codinomes dos beneficiários. Marco Maia era o “Aliado”. Paulo Bernardo, o “Filósofo”. E Eliseu Padilha, o “Bicuíra”.

No inquérito, em que os três serão investigados, a Lava-Jato vai apurar os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.