Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Procura-se o Telegram, o aplicativo que ‘ninguém sabe, ninguém viu’

Plataforma russa, que foi abraçada com entusiasmo pelo presidente Jair Bolsonaro e simpatizantes, é dor de cabeça para o TSE na campanha de 2022

Por Rafael Moraes Moura 15 jan 2022, 16h48

A menos de dez meses das próximas eleições, o aplicativo de mensagens instantâneas Telegram já é uma das maiores dores de cabeça para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 16 de dezembro, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, enviou um ofício ao diretor executivo do aplicativo, solicitando uma reunião para discutir “possíveis formas de cooperação sobre o combate à desinformação”. No documento, Barroso destacou que o tribunal tem feito “esforços significativos”, junto às plataformas, no combate à desinformação com o objetivo de assegurar eleições limpas e justas.

“Muitas dessas iniciativas se juntaram ao tribunal em sua missão de garantir que os eleitores tenham acesso a informações verdadeiras sobre o processo eleitoral, para que possam exercer o seu direito de voto de forma consciente e informada”, frisou o ministro. Uma das principais preocupações do TSE é com a disseminação de teorias conspiratórias e notícias falsas sobre a disputa eleitoral no Telegram, aplicativo que conta com mais de 550 milhões de usuários no mundo todo. Só no Brasil, o app está presente em 53% dos smartphones em funcionamento — mas não possui uma sede ou representação por aqui.

Apesar das pertinentes preocupações de Barroso, até agora o ofício não chegou ao Telegram. Em 26 de dezembro, o documento aterrissou nos Emirados Árabes, onde está a sede do aplicativo, criado pelos russos Pavel Durov e Nikolai Durov. As informações obtidas pelo TSE, no entanto, são de que a empresa está sem expediente e até que o carteiro não foi atendido por ninguém.

Com o cerco cada vez mais fechado do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF) às fake news e à desinformação, a militância bolsonarista tem migrado em peso para aplicativos como Gettr (criado por um ex-assessor do ex-presidente americano Donald Trump) e Telegram, considerados “terra sem lei” na esfera digital.  A migração também está relacionada com um movimento de direita de boicote às plataformas, após Facebook, Instagram e Twitter proibirem publicações de Trump no ano passado.

O Telegram é conhecido no tribunal por ser uma ferramenta que não colabora em nada com a Justiça Eleitoral, diferentemente de outras plataformas, como o Facebook e o WhatsApp, que já firmaram parcerias contra a disseminação de notícias falsas. Dentro do PT, a preocupação é a de que o Telegram vire uma poderosa arma para espalhar boatos e notícias infundadas, como foi o WhatsApp em 2018. Bolsonaro já tem mais de 1 milhão de seguidores no Telegram, ante os cerca de 50 mil do ex-presidente Lula.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.