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Prefeitos de 400 cidades preparam apelos e sugestões para Bolsonaro

Grupo defende mudanças no repasse de recursos aos municípios e pretende influenciar parlamentares para avançar com a reforma da Previdência

Por Agência Brasil Atualizado em 30 jul 2020, 20h02 - Publicado em 27 nov 2018, 17h42

Prefeitos de 400 cidades brasileiras com mais de 80.000 habitantes fecharam nesta terça-feira, 27, a carta que será entregue na próxima semana ao presidente eleito, Jair Bolsonaro. No documento, eles reafirmam apoio às reformas estruturais, defendem a recomposição do orçamento de áreas estratégicas, como educação e assistência social, e apelam por mudanças no repasse de recursos aos municípios.

Uma das bandeiras defendidas pelo grupo é a simplificação da cobrança de impostos que pode ser prevista em uma reforma tributária. As prefeituras sugerem fundir tributos e racionalizar cobrança, garantindo às cidades a decisão sobre como e quanto cobrariam.

“A receita própria precisa ser preservada. É inaceitável trocar a base local pelo repasse do que vier a ser arrecadado por outro ente”, destaca o texto.

Os prefeitos pedem ainda que os repasses municipais do fundo de participação e cotas, da União e dos estados, passem a ser diários, como já ocorre no sistema Simples.

Eles pedem ainda a retomada do suporte financeiro para projetos de investimento em modernização da gestão tributária, a criação de sistemas nacionais mais ágeis e integrados, entre tributos das três esferas de governo e o aprimoramento do critério de partilha do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

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Previdência

As cidades representadas na carta destinada ao futuro governo respondem por 75% do produto interno bruto (PIB) nacional e abrigam 60% da população brasileira.

Com esse peso pretendem influenciar parlamentares a avançar também com a reforma da Previdência. O apoio público ao texto submetido ao Congresso Nacional é associado ao pedido para que as mudanças contemplem as realidades municipais.

Na carta, os prefeitos destacam aspectos como idade mínima e tempo de contribuição e pedem a definição de um prazo para adaptação ao novo regime. O texto também destaca a necessidade de manutenção e aprimoramento do programa Mais Médicos. Segundo eles, o programa é fundamental para melhorar a atenção básica local.

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Os prefeitos afirmam ainda que a participação relativa do município no financiamento da saúde pública “vem apresentando agudo crescimento desde 2001, tornando-se insustentável para as finanças municipais manterem esse nível de investimento”.

A situação, segundo eles, é ainda pior por causa do congelamento do porcentual dos estados e redução da parcela da União para a área.

A ameaça, de acordo com o texto, recai sobre a Atenção Básica que pode ser prejudicada, gerando um custo maior com setores de urgência, emergência, média e alta complexidades.

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Educação

Outro destaque da carta é o apoio à proposta de emenda constitucional que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Atualmente, a vigência do fundo tem o término previsto para 2020.

Os prefeitos ainda defendem a manutenção das creches no leque da educação básica, contando com a previsão orçamentária.

“A educação infantil não pode retroceder a uma simples política assistencialista”, alertam. Segundo eles, um dos maiores desafios dos municípios é cumprir a meta do Plano Nacional de Educação, de atender, no mínimo, 50% das crianças de até três anos em 2024.

Os prefeitos também sugerem a estruturação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), com participação de todos os entes federados na tomada de decisões. De acordo com eles, assim como o Sistema Único de Saúde, o Susp “deve contar com o protagonismo municipal”.

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