Por que o eleitorado paulista preferiu o “forasteiro” Tarcísio de Freitas

Além de surfar na ainda forte onda bolsonarista, ex-ministro viu candidatura decolar após costura de importantes apoios, como o do PSD e o do PSDB

Por Laísa Dall'Agnol SEGUIR SEGUINDO 30 out 2022, 19h12

Brazilian Tarcisio de Freitas, candidate for governor of Sao Paulo, gestures during a press conference in Sao Paulo, Brazil, on October 17, 2022. - The candidate for governor of Sao Paulo supported by Jair Bolsonaro, Tarcisio de Freitas, had to interrupt a campaign activity on October 17, 2022, in one of the favelas in Paraisopolis, in southern Sao Paulo due to a shooting, which authorities were trying to determine whether or not it was directed against him. (Photo by Miguel Schincariol / AFP) — O governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) (Miguel Schincariol/AFP)

Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi eleito governador de São Paulo na noite deste domingo, 30, e se tornou o 64º mandatário a ocupar o Executivo estadual paulista desde a proclamação da República, em 1889.

O ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro venceu o adversário Fernando Haddad (PT) e deu fim às quase três décadas de governos tucanos no estado — que é tradicionalmente refratário ao PT.

Homem-forte de Bolsonaro, Tarcísio teve a candidatura lançada e endossada pelo presidente no último ano — o ex-capitão cogitou lançá-lo, inclusive, a uma vaga ao Senado pelos estados de Goiás e Mato Grosso — e enfrentou duras críticas por ser carioca, de nascença, ter vivido em Brasília e conhecer pouco o território paulista.

Além de ter sido alavancado pela ainda forte onda bolsonarista, o agora governador-eleito viu sua candidatura decolar após a costura de importantes apoios, como o do cacique Gilberto Kassab (PSD), que indicou o vice na chapa, Felício Ramuth (PSD), ex-prefeito de São José dos Campos.

No segundo turno, o ex-ministro arrematou, ainda, o apoio do governador Rodrigo Garcia (PSDB) à sua campanha, ampliando ainda mais o leque de aliados.