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Políticos e militares veem ‘virada’ de Lula após dia de terror em Brasília

Efeitos políticos das ações de vandalismo são avaliados no entorno presidencial

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 jan 2023, 08h55 - Publicado em 14 jan 2023, 16h36

A despeito da destruição nas sedes dos três poderes em Brasília, os efeitos políticos da ação de vandalismo protagonizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro já começam a ser avaliados no entorno do presidente Lula e também no meio militar, que entrou no centro da controvérsia por não desmobilizar o acampamento montado por apoiadores bolsonaristas próximo ao Quartel-General do Exército.

A avaliação, em linhas gerais, é a de que Lula conseguiu, ao mesmo tempo, abafar a crise inicial de seu governo e definir um “inimigo” comum – os bolsonaristas extremistas e fanáticos.

A semana anterior ao episódio foi encerrada com uma série de problemas ao petista. As imagens da nova ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e seus familiares abraçados a milicianos atingiram em cheio o discurso de um novo governo que queria se contrapor ao de Bolsonaro, que foi diversas vezes vinculado pelo PT e pelo próprio presidente à milícia carioca.

Além disso, os ministros mais próximos de Lula, como Rui Costa (Casa Civil) e José Múcio (Defesa), protagonizavam uma série de desentendimentos e declarações controversas. Ao mesmo tempo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, era criticado por ainda não ter apresentado seu programa de ajuste fiscal, o que foi anunciado na última quinta-feira, 12.

Em reuniões que sucederam os atos de vandalismo, o enfraquecimento de Bolsonaro e do bolsonarismo foi exaltado. A avaliação é que, em meio às cenas de violência, Lula pode conseguir se aproximar de eleitores do ex-presidente que não concordam com as ações extremadas.

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“Todos entendem que esse momento, se bem posto numa narrativa verdadeira de ter sido de fato perpetrado um conjunto de atentados, pode até mesmo trazer uma parte daquele eleitorado bolsonarista que não coaduna com isso. O governo precisa fazer uma boa narrativa para dizer para aqueles que foram eleitores de Bolsonaro que isso não pode acontecer”, disse um importante parlamentar que participou das principais reuniões após as depredações.

Na avaliação de um oficial que acompanhou de perto a confusão em Brasília, os apoiadores de Bolsonaro deram a Lula “credibilidade” e “legitimidade” que ele não tinha após uma vitória eleitoral apertada.

“O Lula conseguiu reunir os outros dois presidentes de poderes e os 27 governadores. Por outro lado, qualquer movimento bolsonarista para se reunir em manifestação vai levantar uma pulga atrás da orelha. Ao mesmo tempo em que deram credibilidade para um, perderam a deles. Ficaram totalmente acéfalos”, disse o militar.

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