PL de SP reage à decisão da Justiça contra homenagem a Michelle
Aliados da ex-primeira-dama contestam proibição de conceder título de cidadania paulistana no Theatro Municipal
A decisão proferida pela Justiça de São Paulo que proíbe a cessão do Theatro Municipal para a entrega de título de cidadã paulistana a Michelle Bolsonaro reverberou entre integrantes do Partido Liberal.
Presidente do partido na capital paulista, o vereador Isac Félix afirmou que a decisão extrapola o papel do judiciário e interfere em prerrogativas da Câmara Municipal.
“A Justiça está sendo injusta. Até mesmo porque, não é ela quem deve decidir onde os vereadores farão suas homenagens. A Justiça quer legislar em São Paulo. Não podemos admitir isso”, diz Félix.
Já a secretária de Políticas para Mulher de Tarcísio, Sonaira Fernandes disse que, em outras ocasiões, honrarias cedidas a vereadores e títulos de cidadão paulistano foram entregues fora das dependências da Câmara Municipal.
“Tudo por uma questão de espaço, de melhor acolhimento. E nunca, jamais, a Justiça interferiu. Por que, agora, quer barrar? Só por que é a Michelle?”, questiona Sonaira Fernandes.
A vereadora licenciada deixou há pouco o Republicanos para integrar ao PL e deve sair do Palácio dos Bandeirantes e retomar o mandato na Câmara Municipal, em abril. Sonaira fala em perseguição contra a ex-primeira-dama.
“O que vemos é a tentativa de tornar invisíveis as mulheres que não comungam dos dogmas de certos grupos políticos e ideológicos. Isso é violência contra mulheres que não aderem a certas pautas. É esse papel que o Judiciário quer exercer?”, critica.
O decreto legislativo que dá a honraria a Michelle Bolsonaro foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo em novembro do ano passado.