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PGR pede que deputado seja ouvido sobre fala considerada racista

Gustavo Gayer falou sobre "falta de capacidade cognitiva" da população africana durante entrevista

Por Da Redação Atualizado em 24 set 2023, 14h26 - Publicado em 24 set 2023, 14h21

Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradoria Geral da República (PGR) pediu que o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) seja ouvido por declarações consideradas racistas. Em entrevista ao podcast 3 Irmãos, em junho, o parlamentar afirmou que a “democracia não prospera” na África por falta de capacidade cognitiva da população.

“Democracia não prospera na África. Para você ter uma democracia, você tem que ter o mínimo de capacidade cognitiva de entender entre o bom e o ruim, o certo e o errado. Tentaram fazer democracia na África várias vezes, mas o ditador tomou tudo. O Brasil está desse jeito. Lula chegou na Presidência e o povo burro: picanha e cerveja”, disse Gayer. 

A vice-procuradora geral da República, Lindôra Araújo, reconheceu a necessidade de diligências preliminares para apurar o caso e pediu que o YouTube preserve o vídeo para auxiliar a Polícia Federal. “Como se sabe, a formalização de investigação demanda um suporte mínimo de justa causa, que se refere à verossimilhança dos fatos supostamente ilícitos apontados e à probabilidade de que haja meios eficazes de apuração”, diz um trecho do documento.

A manifestação ocorreu em duas ações protocoladas pelas deputadas Duda Salabert (PSOL-MG), Carol Dartora (PT-PR), Tabata Amaral (PSB-SP), Reginete Bispo (PT-RS), Camila Jara (PT-MS) e Dandara Castro (PT-MG), que pedem que o Gayer seja investigado por racismo.

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Bolsonarista, o deputado foi alvo de pedido de cassação no Conselho de Ética da Câmara, em setembro, por dizer que nordestinos “perderam a capacidade de pensar”. Ele também foi listado pelo Google, em documento enviado à CPI da Pandemia, como o segundo que mais ganhou dinheiro com a divulgação de desinformação relacionada à Covid-19. Durante as eleições, ele teve a conta suspensa no X (antigo Twitter) pela Justiça Eleitoral por uma publicação que colocava em dúvida a lisura do sistema de votação do país e a eleição de Lula.

 

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