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PF quer continuar inquérito sobre Anastasia na Lava Jato

Em ofício ao STF, Polícia Federal detalha informações novas encaminhadas em denúncia recebida pela Presidência da República

Por Da Redação
3 set 2015, 12h27

A Polícia Federal (PF) encaminhou ao ministro Teori Zavascki, relator a Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, novos documentos relacionados à investigação contra o senador e ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB). A PF defende que as informações novas sejam apuradas, apesar de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já ter pedido arquivamento do inquérito.

O material enviado pela PF tem origem em uma denúncia feita por uma “cidadã comum” ao gabinete pessoal da Presidência da República, em janeiro deste ano. Embora a autora tenha solicitado anonimato, o nome dela é identificado na denúncia, encaminhada ao Ministério da Justiça e posteriormente à PF. A denunciante já trabalhou na secretaria de Planejamento do governo mineiro, ainda na gestão tucana, encerrada em 2014.

Na denúncia, a autora descreve uma residência na qual um dos mensageiros do doleiro Alberto Youssef teria efetuado um pagamento em dinheiro a um político – a PF investiga se o destinatário seria Anastasia. A nova denúncia diz que o imóvel pertence a um engenheiro de Belo Horizonte. O local seria o mesmo onde o ex-policial federal Jayme Alves de Oliveira, o Careca, teria entregado dinheiro para uma pessoa “parecida” com o ex-governador tucano.

No relatório da PF, são citados dois endereços para a suposta casa onde o dinheiro teria sido entregue ao senador. Ambos no bairro de Belvedere, em Belo Horizonte, distantes cerca de 800 metros. Além da residência apontada pela denunciante, em uma primeira apuração, a PF chegou a um imóvel que pertenceria a um funcionário da Assembleia Legislativa. No relatório, é sugerida “a existência de relevantes vínculos entre os atuais e antigos moradores da residência e o grupo de sustentação política do senador Antonio Augusto Junho Anastasia”.

Os fatos não constam no relatório anterior ao pedido de arquivamento feito pelo procurador-geral, tampouco aparecem na própria solicitação assinada por Janot para encerrar a investigação sobre o Anastasia. O Ministério Público não tinha conhecimento da denúncia encaminhada ao Planalto quando requereu o arquivamento da investigação.

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No início desta semana, o gabinete de Zavascki deu vista ao caso novamente ao Ministério Público. Investigadores admitem, reservadamente, a possibilidade de “fatos novos” prorrogarem a apuração sobre Anastasia. O caso não foi arquivado e ainda depende de um despacho de Zavascki. Quando pediu o arquivamento, Janot observou que as apurações poderiam ser retomadas, caso surgissem novas informações relevantes.

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Para Maurício Campos, advogado de Anastasia, é “absurdo casuísmo” a juntada de diligências que “sequer constavam do relatório parcial do delegado do caso” em junho. O advogado classifica como “estranho” o fato de a denúncia ser “tão antiga” quanto a instauração do inquérito, do início do ano. “As tentativas de vinculação de endereços e residências no bairro Belvedere com o senador Anastasia são especulações sem nenhum compromisso com a verdade, que tentam dar sobrevida a um procedimento que jamais deveria ter sido instaurado contra ele”, disse Campos. A assessoria do senador disse ainda que “confia no arquivamento solicitado pelo procurador-geral e pelo seu acolhimento pelo Supremo”.

A Presidência da República disse que “desconhece os conteúdos dos documentos, sendo assim, não há comentários para serem feitos”.

(Com Estadão Conteúdo)

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