Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Super BlackFriday: Assine VEJA a partir de 7,99

PF contestou devassa e disse que ação contra bolsonaristas ficaria lenta

A PF se reuniu com o juiz instrutor do STF e disse que investigações poderiam ficar mais complexas de não houvesse, desde o início, foco de apuração

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 set 2020, 15h50 - Publicado em 19 jun 2020, 09h38

A Polícia Federal contestou junto ao ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga os autores e financiadores de atos antidemocráticos, a utilidade de se cumprir simultaneamente dezenas de ordens de busca e apreensão por considerar que havia o risco de a potencial devassa tornar a investigação, no futuro, mais lenta e dificultar o recolhimento de provas contra uma suposta organização criminosa que atuaria no ataque a instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. Para a PF, como as investigações estão em fase inicial e ainda não é possível comprovar se os investigados integram ou não uma organização criminosa e nem se atentaram contra a Lei de Segurança Nacional, promover a devassa logo no início das investigações “tem o potencial de gerar um grande volume de dados, relativos a várias pessoas que estão teoricamente vinculadas a diversos fatos, dispersando a energia do Estado para múltiplos caminhos e com risco de aumento do escopo em progressão geométrica, o que inevitavelmente tornará a investigação mais complexa, ainda que, de fato, ela não seja”.

ASSINE VEJA

Acharam o Queiroz. E perto demais
Acharam o Queiroz. E perto demais Leia nesta edição: como a prisão do ex-policial pode afetar o destino do governo Bolsonaro e, na cobertura sobre Covid-19, a estabilização do número de mortes no Brasil ()
Clique e Assine

No início do mês, a PF se reuniu com o juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes e afirmou que, ao cumprir as ordens açodadamente, a investigação “se tornará menos objetiva, menos transparente, mais onerosa e – o principal, quando se trata do tipo de associação criminosa aqui tratada – muito mais lenta, com risco desnecessário para as vítimas em potencial [as autoridades atacadas] e para a própria estabilidade das instituições”. Embora as medidas de investigação tivessem sido autorizadas pela Procuradoria-geral da República no dia 27 de maio, os policiais explicaram que haviam recebido os mandados de busca e apreensão no dia 2 de junho para serem cumpridos e recorreram ao gabinete de Moraes para saber como proceder.

O temor da PF, por exemplo, era o de que sequer os endereços dos investigados que seriam alvo de busca e apreensão haviam sido checados e, portanto, não havia garantia de que a operação atingiria mesmo os investigados determinados pelo STF. A delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro pediu mais dez dias de prazo para cumprir as diligências e delinear “os meios mais eficientes, adequados, proporcionais e oportunos de obtenção de dados de interesse para a investigação e para a neutralização da atuação ilícita desse grupo de pessoas”. Na mesma operação, além das buscas, o ministro determinou a quebra de sigilo de dez deputados e de um senador aliados a Bolsonaro.

O pedido para adiar as ordens de busca e apreensão provocou mal-estar no Ministério Público, órgão responsável pela acusação no inquérito, e foi interpretado por procuradores como uma tentativa da PF de blindar eventuais alvos da investigação, principalmente porque, ao pedir mais prazo para cumprir os mandados, a PF listou que a devassa imediata traria “risco desnecessário para as vítimas em potencial [as autoridades atacadas] e para a própria estabilidade das instituições”. Desde que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente na Polícia Federal, a instituição é alvo de desconfianças de órgãos de investigação. Para garantir que não houvesse aparelhamento da PF, o próprio Alexandre de Moraes deu ordem para que a equipe que trata dessas investigações na PF – incluindo a delegada Denisse e o delegado Igor Romário de Paula, próximo a Moro e ex-chefe da Lava Jato em Curitiba – fossem mantidos nas funções.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SUPER BLACK FRIDAY

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 3,99/mês
SUPER BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$47,88, equivalente a R$3,99/mês.