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‘Pensei que nem fossem vir’: o climão com Haddad após recuo sobre MP

Ministro da Fazenda se reuniu com representantes da CNA e da CNI logo após ser anunciada a retirada da medida que limitava o uso dos créditos do PIS/Cofins

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 jun 2024, 10h46

A reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) foi “muito ruim” e “constrangedora”, nas palavras de pessoas que participaram da agenda.

O encontro aconteceu na tarde de terça-feira, 11, horas depois de o presidente Lula se reunir com o presidente da CNI, Ricardo Alban, para tratar sobre a medida provisória que limitava o uso de créditos do PIS/Cofins. Após a conversa no Palácio do Planalto, Alban concedeu uma entrevista e disse que Lula o informou que a MP seria “tirada do processo ou devolvida”. Naquele momento, causou surpresa o anúncio ter partido do representante da confederação, e não de um membro do governo.

A reunião com Haddad havia sido solicitada pelas confederações na semana anterior. O objetivo era justamente levar ao chefe da equipe econômica as contestações em torno da proposta – até então, a única saída do governo para arrecadar R$ 29 bilhões e compensar os gastos com a desoneração da folha de pagamentos concedida a 17 setores da economia.

Assim que os representantes das confederações chegaram, Haddad indicou o mal-estar. “Pensei que vocês nem fossem vir”, afirmou ao grupo. “Se o presidente já resolveu, o que eu tenho que falar?”, acrescentou. Além dos chefes da CNI e da CNA, participaram do encontro o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e os senadores Jaques Wagner (PT-BA) e Tereza Cristina (PP-MS).

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Alban, então, ponderou que tinha autorização do presidente para anunciar o recuo em relação à MP – caso contrário, não teria dado a declaração pública.

Conforme os relatos, durante o encontro Haddad ainda tentou encontrar alternativas para a MP, como retirar alguns setores afetados e incluir outros. O “plano B” foi endossado por Alexandre Padilha, mas não houve consenso.

Horas depois, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou a devolução dos principais trechos da proposta, confirmando a decisão que representou uma dura derrota ao ministro da Fazenda.

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