Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99

Cavaliere é favorito a vice de Paes após recuo de Pedro Paulo

Deputado federal e aliado de primeira hora do prefeito pediu para não compor a chapa, por temor de divulgação de suposto vídeo íntimo vazado

Por Lucas Mathias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Ludmilla de Lima Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 jul 2024, 17h30 - Publicado em 23 jul 2024, 15h58

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), viu sua pré-candidatura sofrer uma reviravolta nas últimas horas. Tratado como o favorito para ocupar a vice em sua chapa, o deputado federal Pedro Paulo (PSD) informou ao aliado nesta segunda-feira, 22, que não tem a intenção de participar da composição. Com isso, quem deve ficar com o posto é o ex-secretário municipal da Casa Civil Eduardo Cavaliere, que chefiava a pasta até se desincompatibilizar nas últimas semanas, justamente para se colocar como uma alternativa eleitoral.

Braço direito de Paes desde o seu primeiro mandato na prefeitura do Rio, Pedro Paulo era até então a primeira opção do prefeito, que evitava tratar publicamente desse assunto. A decisão foi comunicada pelo próprio deputado, em reunião tensa e que deixou Paes abalado, na avaliação do entorno do prefeito. Pesou para Pedro Paulo a suposta existência de um vídeo íntimo seu, que foi vazado e estaria em posse de adversários políticos e poderia ser divulgado ao longo da campanha, prejudicando tanto o alcaide quanto sua vida pessoal. A informação foi antecipada pelo jornalista Ricardo Bruno e confirmada por VEJA.

O deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ)
O deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), tratado até então como a primeira opção para o posto, decidiu recuar (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

No pleito em que concorreu como cabeça de chapa à prefeitura, em 2016, Pedro Paulo já havia sofrido outro revés desse tipo, ao ser divulgada denúncia de que ele teria agredido a ex-mulher Alexandra Marcondes. O processo, analisado pelo Supremo Tribunal Federal, em razão do foro do parlamentar, foi posteriormente arquivado por falta de provas.

A mudança de cenário abriu espaço para Eduardo Cavaliere. Aos 29 anos, ele é visto por Paes como alguém de confiança e com perfil parecido com o seu. A escolha da vice do prefeito é tratada com importância maior, já que há a expectativa de Paes deixar o cargo para concorrer a governador em 2026, se conseguir se reeleger neste ano. O escolhido, portanto, herdaria o comando da cidade. Correm por fora na disputa o presidente da Câmara, Carlo Caiado, e outro ex-secretário do alcaide, Guilherme Schleder, ambos do PSD. 

Continua após a publicidade

Indefinição no PL

Com Ramagem, o cenário também não é simples. Desde que estruturou sua pré-campanha, o postulante bolsonarista definiu que sua vice deveria ser preferencialmente uma mulher, de modo a gerar identificação com o eleitorado feminino. O desejo era também por uma proximidade com os evangélicos, segmento que já se mostrou crucial em outras eleições na capital fluminense. 

Diante disso, o leque de opções ficou restrito a três nomes: a deputada estadual Índia Armelau (PL) — indígena e mais afeita ao bolsonarismo raiz —, a deputada federal Chris Tonietto (PL) — que tem como bandeira o conservadorismo cristão — ou a ex-parlamentar e cantora gospel Rosane Félix, aposta do MDB para compor a chapa. Como o PL já realizou sua convenção, a definição deve ficar para os próximos dias. 

Quase lá… 

Segundo colocado na mais recente pesquisa Quaest sobre o cenário no Rio, o pré-candidato do PSOL, Tarcísio Motta, também deve ter uma chapa pura para disputar a eleição. No jargão do futebol, “falta apenas assinar” com a deputada estadual Renata Souza (PSOL), que deve caminhar ao seu lado na disputa. O anúncio oficial deve acontecer no dia 1º de agosto, data da convenção do partido. Oficialmente, porém, a campanha do parlamentar federal ainda não dá a escolha como certa. 

Continua após a publicidade

Já Marcelo Queiroz, postulante pelo PP, já sabe que terá a federação PSDB-Cidadania ao seu lado. Ao menos, formalmente, já que o presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, deve apoiar Eduardo Paes. O PSDB, por sua vez, é quem deve indicar o vice em sua chapa. A favorita é a vereadora Teresa Bergher, que está em seu quinto mandato na Câmara. Há também a chance de o presidente municipal tucano, Sávio Neves, ficar com a vaga. Queiroz afirma que respeitará a decisão do partido, o que deve acontecer nos próximos dias. A convenção do Progressistas está marcada para o dia 31 de julho, enquanto o PSDB formaliza sua nominata no dia anterior. 

Rodrigo Amorim, pré-candidato pelo União Brasil, por enquanto segue com seu cenário totalmente indefinido. Lançado como um nome auxiliar a Ramagem, com perfil mais combativo e em meio a uma estratégia de pulverização da direita para tirar votos de Paes, Amorim ainda não viu o projeto decolar. Seu partido nem sequer marcou a convenção na cidade, que deve acontecer até o dia 5 de agosto. 

Já a pré-candidata do Novo, Carolina Sponza, já definiu o nome que vai lhe acompanhar na chapa: o empresário Alexandre Popó, filiado à mesma sigla.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.