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Partidos afetados pela cláusula de barreira estudam fusão

Catorze agremiações devem ficar sem tempo de TV e fundo devido ao baixo desempenho nas urnas; Rede de Marina Silva e PV podem se juntar

Por Redação 10 out 2018, 10h07

Ao menos catorze partidos poderão ficar sem tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV e sem acesso ao dinheiro do fundo partidário no próximo ano devido à cláusula de barreira, segundo cálculo da Câmara dos Deputados.

As siglas não conseguiram cumprir as exigências da medida, que são a eleição de pelo menos nove deputados de nove estados ou obter um mínimo de 1,5% dos votos válidos em ao menos nove estados (com pelo menos 1% em cada um deles).

Os partidos atingidos são Rede, Patriota, PHS, DC, PCdoB, PCB, PCO, PMB, PMN, PPL, PRP, PRTB, PSTU e PTC. Em 2018, o fundo partidário somou 888,7 milhões de reais.

Hoje, 35 agremiações estão registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Para sobreviver no próximo ano, esses partidos deverão se fundir ou ser incorporados por outros.

Com uma deputada eleita, a Rede de Marina Silva, já avalia, nos bastidores, uma fusão com o PV, que elegeu quatro deputados federais. Um adepto desta iniciativa cita como exemplo a Frente Ampla do Uruguai, da qual o ex-presidente Pepe Mujica faz parte. É uma coalizão de partidos e organizações da sociedade civil.

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Uma das propostas da Rede e do PV, ao se coligarem na chapa de Marina, era criar um bloco parlamentar ambientalista na próxima legislatura do Congresso, em contraponto ao crescimento da bancada ruralista. “Não há nada ainda formalizado, mas não se descarta (essa possibilidade). Temos uma pauta e agenda em comum. Não vejo nada contra”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O PRTB, do general Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro (PSL), estuda se unir à legenda do presidenciável. A agremiação elegeu três parlamentares, enquanto o PSL formou a segunda maior bancada da Câmara, com 52 deputados.

O presidente do PRP, Ovasco Resende, admite conversas com partidos como PHS, PTB e Patriota. Já o PHS, que não conseguiu passar a cláusula de desempenho por 0,05 pontos porcentuais dos votos, também estuda fusões, mas aguarda a decisão do TSE a respeito de candidaturas cujos votos não foram contabilizados.

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Contagem

O PCdoB, de Manuela D’Ávila, vice Fernando Haddad (PT), também vai pedir ao TSE a contagem dos votos de um candidato na Bahia, que, segundo os cálculos da sigla, os faria passar a cláusula de desempenho, afirmou o deputado federal Orlando Silva (SP).

“Nós consideramos que a cláusula é insuficiente para resolver os problemas do país. O PSL, que elegeu a segunda maior bancada da Câmara hoje, se tivesse valendo a regra há quatro anos, não existiria. O problema na política é a baixa participação popular, não os partidos”, disse.

(Com Estadão Conteúdo)

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