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Parentes de Bolsonaro declaram mais de R$ 3,2 milhões ao TSE

Além de Eduardo, que tentará a reeleição, ex-mulher do presidente, cunhado e um primo da família entram na disputa por cargos no Legislativo do DF

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 16 ago 2022, 17h44 - Publicado em 16 ago 2022, 17h37

Os quatro parentes do presidente Jair Bolsonaro que pretendem disputar as eleições de 2022 declararam à Justiça Eleitoral um patrimônio total de 3,2 milhões de reais. Além do deputado Eduardo Bolsonaro, filho Zero Três do ex-capitão, que tentará a reeleição, devem concorrer a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Valle, que em 2018 lançou-se a deputada federal mas teve apenas 4.555 votos; o cunhado do presidente Eduardo Torres; e o primo dos filhos do mandatário Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio.

Filho de Ana Cristina, Jair Renan Bolsonaro, o Zero Quatro, também tem planos de seguir carreira política, mas por lei ele está impedido de disputar qualquer cargo eletivo enquanto o pai for presidente da República. A trava tem por objetivo evitar que candidatos possam ser beneficiados pelo fato de a máquina pública estar nas mãos de um parente político.

Ana Cristina, Torres e Léo Índio disputarão a preferência do eleitor pelo mesmo cargo: o de deputado distrital no Distrito Federal. O cunhado e o primo do presidente se filiaram ao PL, partido de Bolsonaro, para entrarem na briga pelo Legislativo, mas na avaliação de Renato Ribeiro de Almeida, doutor em direito pela USP e coordenador acadêmico da Associação Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), Torres pode ter o registro negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF por conta do laço de parentesco por afinidade com o presidente. Filiada ao PP, Ana Cristina, por sua vez, não tem impedimento legal de se candidatar. Ela tem a meta de atingir pelo menos 15.000 votos, patamar aquém do necessário para ser eleita, mas conta com cálculos eleitorais, como o número de votos recebidos pelo partido, para conseguir uma das vagas da Câmara Legislativa.

O dono do maior patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é Eduardo, com bens que totalizam mais de 1,7 milhão de reais. Na relação apresentada à Justiça Eleitoral, o deputado informou ter 600.000 reais no banco e ser proprietário de bens imóveis que somam mais de 1,1 milhão de reais. Os recursos disponíveis na conta corrente de Eduardo se referem à venda de um treinamento online feita pelo Zero Três e que foi revelada por VEJA em junho.

O segundo maior patrimônio é, segundo o TSE, de Ana Cristina. Seus bens estão avaliados em 1,04 milhão de reais, incluindo uma participação societária, uma conta corrente recheada com 19.100 reais; um carro estimado em 62.600 reais e duas casas – uma de 48.000 reais e outra de 829.000 reais. Em agosto de 2021 VEJA revelou que desde o início do ano passado a ex-mulher de Bolsonaro e o filho Jair Renan vivem em uma mansão avaliada em 3,2 milhões de reais no Lago Sul, um dos bairros mais caros de Brasília.

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Irmão postiço da primeira-dama Michelle Bolsonaro, Eduardo Torres é o membro da família com o menor patrimônio. Ele declarou ao TSE apenas 425.000 reais em bens, resumidos em um veículo automotor de 25.000 reais e outros bens imóveis no valor de 400.000 reais. Primo da família, Léo Índio é o único parente que não prestou contas ao TSE até agora. Os candidatos que pretendem disputar as eleições tinham até o fim da segunda-feira para apresentar os comprovantes de patrimônio e o pedido de registro da candidatura. A omissão de bens pode ser objeto de impugnação ou até mesmo de indeferimento de registro.

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