Os planos de Jair Bolsonaro para o seu ‘próximo governo’
Alheio à condenação no STF e sem perspectiva de aprovação da anistia, o ex-presidente ainda acredita que será o candidato da direita
Nas visitas que tem recebido de aliados, parlamentares e amigos, Jair Bolsonaro continua insistindo que será candidato a presidente da República em 2026. Nos últimos dias, o ex-presidente, inclusive, afirma que seu estado de saúde melhorou — há meses ele sofre com crises de soluço e vômitos, problemas ainda derivados do atentado a faca que sofreu durante a campanha de 2018.
Nas conversas, o ex-presidente parece totalmente alheio à sua situação jurídica. Condenado a 27 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro está em prisão domiciliar.
Na última quarta-feira, o STF asfixiou ainda mais as pretensões políticas do ex-capitão ao publicar o acórdão do julgamento, o que dá início a uma contagem regressiva para o cumprimento da pena.
O Supremo também proibiu Bolsonaro de se encontrar com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
VEJA esteve com três ex-auxiliares e um parente que visitaram recentemente o ex-presidente. “Eu e o presidente Bolsonaro discutimos vários projetos que poderão ser implantados no próximo governo”, disse a VEJA um deles.
Bolsonaro costuma conversar com os visitantes traçando um cenário em que ele é o presidente da República e fala como se tivesse ampla maioria no Senado. Divaga sobre o impeachment de ministros do STF, privatização das estatais — particularmente os Correios — e controle das contas públicas.
Em prisão domiciliar, Bolsonaro acerta candidaturas
A maior asfixia política de Bolsonaro se dá no terreno onde mais atuava. Ele está proibido de usar as redes sociais. Seus últimos posts datam de 27 de julho. No mundo virtual, onde tem mais de 60 milhões de seguidores, o ex-presidente está aos poucos desaparecendo.
No mundo real, Bolsonaro vem articulando as candidaturas nos Estados. No DF, ele prometeu apoiar a atual vice-governadora Celina Leão (PP) para o governo. No Rio Grande do Sul, o escolhido é o líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL). Além disso, continua acreditando em uma anistia.
Desde 2018, quando levou uma facada na barriga, Bolsonaro já fez seis cirurgias e passou vários procedimentos médicos. As crises de soluço não desapareceram, mas diminuíram de intensidade.
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