Oposição reage ao encontro de Lula e Trump na Malásia e fala de Bolsonaro
Deputado Eduardo Bolsonaro foi o primeiro a falar sobre o momento diplomático entre os chefes das duas nações
Políticos de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começaram a comentar o encontro que ele teve com o presidente americano, Donald Trump, na Malásia.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), destacou ver no americano um traço de empatia pelo pai dele. A declaração foi dada mesmo após Trump dizer que Bolsonaro não era assunto entre ele e Lula.
“Interessante laço entre Trump e Bolsonaro é a empatia: a capacidade de Donald Trump se colocar no lugar de Jair Bolsonaro e imaginar que, quando sair da presidência, Lula e sua equipe apoiarão a lawfare que certamente Trump sofrerá”, escreveu o deputado, que está há meses morando nos Estados Unidos.
O deputado também criticou que, em poucos minutos de conversa, Lula tenha falado sobre a crise que vem se fortalecendo entre os Estados Unidos e a Venezuela.
Eduardo tem articulado sanções dos Estados Unidos contra o Brasil e algumas autoridades nacionais, destacadamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro de Lula e Trump se deu após meses de tentativas do governo de desfazer desentendimento, tentando reverter as sanções.
Interessante laço entre Trump e Bolsonaro é a empatia:
a capacidade de @realDonaldTrump se colocar no lugar de @jairbolsonaro e imaginar que, quando sair da presidência, Lula e sua equipe apoiarão a lawfare que certamente Trump sofrerá.
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— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) October 26, 2025
A publicação de Eduardo Bolsonaro foi replicada pelo irmão dele, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
O influenciador Paulo Figueiredo, que também mora nos Estados Unidos e vem ajudando a articulação de Eduardo Bolsonaro junto ao governo Trump disse que havia previsto como seria o encontro, para ele, sem avanços concretos em negociações. “Até agora, 100% de precisão na previsão. Veremos os próximos capítulos”, escreveu ao referenciar uma mensagem que escreveu nas redes sociais na última quarta-feira, 22 — “Meu prognóstico para o possível encontro entre Lula e Trump: amistoso, mas sem avanços concretos apesar de toda a fanfarra que a mídia estatal (Globo) fará”.
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que Lula não quis negociar o tarifaço dos EUA. “Para aqueles que diziam que o tarifaço era culpa de Eduardo Bolsonaro, hoje fica provado que nunca foi. Há meses o Brasil paga o alto preço da falta de humildade de um Descondenado presidente arrogantemente que não quis negociar logo o tarifaço. Hoje está provado que a culpa é do Descondenado Lula”.
O deputado federal Mario Frias (PL-SP) colocou em questão, sem provas, o fato da reunião entre Trump e Lula ter sido amistosa. “‘A reunião foi tranquila’. Repita até acreditarem”, diz uma publicação de um internauta que ele compartilhou — a mensagem foi acompanhada de um vídeo de Lula sorrindo e gesticulando quando uma jornalista perguntou sobre Jair Bolsonaro para Trump.
Já o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) destacou os elogios que o americano fez ao ex-presidente brasileiro. “Na cara do Lula, Trump rasga elogios a Bolsonaro e chama-o de ‘grande homem’. Parece que a reunião não saiu como o Barbudinho esperava”, opinou na rede social X.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o Brasil saiu da reunião sem notícias boas para o povo brasileiro. “A única soberania que Lula defende é a de traficantes, ‘vítimas dos usuários’. Os assuntos governo brasileiro aliado de ditaduras, como a Venezuela, e próximo a terroristas, como o Hamas, são de interesse mundial. Mais uma vez, infelizmente, vocês saíram de uma reunião com o maior líder democrata do mundo sem absolutamente nenhuma notícia boa para os brasileiros”, escreveu.
A mensagem do senador foi replicada pela deputada Bia Kicis (PL-SP), que está em Londres, na Inglaterra, para participar de um seminário sobre “guerra cultural”.
Vários desses políticos também destacaram o erro de tradução de um veículo de imprensa brasileiro, que disse que o “assunto Bolsonaro” não era da conta dos Estados Unidos, quando, na verdade, o presidente americano respondeu “não é da sua conta” para a repórter que perguntou se ele e Lula haviam falado sobre o ex-presidente brasileiro.
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