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O verdadeiro alvo da nova ofensiva econômica de Lula

Colunistas avaliam que o Planalto busca desviar o foco da segurança pública e capitalizar eleitoralmente uma medida de apelo popular

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Marcela Rahal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 nov 2025, 08h42

O governo Lula tenta mudar o eixo do debate público. Após uma semana em que a segurança pública dominou o noticiário por causa da megaoperação no Rio de Janeiro, o Planalto voltou a investir em uma pauta de efeito direto no bolso dos brasileiros: a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A proposta, uma promessa de campanha de Lula, foi aprovada no Congresso e começa a valer em janeiro de 2026, ano eleitoral.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem feito questão de dar um tom de comemoração à medida. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele celebrou o que chamou de “gesto simbólico” do governo e afirmou que a mudança tributária vai “ampliar o mercado de consumo e gerar uma roda virtuosa de empregos”.

“Todo mundo vai ganhar com esse projeto. Uma sociedade mais justa é aquela que distribui melhor as oportunidades”, disse Haddad.

Bonin: “O governo quer explorar politicamente a medida”

Para o colunista Robson Bonin, no programa Os Três Poderes, o governo enxerga na isenção um trunfo eleitoral e tenta explorar o tema para sair da defensiva.

“Vai ser uma medida sentida justamente em 2026, ano da eleição. O governo está desesperado para explorar politicamente isso”, afirmou.

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Segundo Bonin, o discurso de Haddad ainda soa ensaiado e populista, com mais apelo de palanque do que de planejamento econômico.

“Ele fala ‘parabéns, trabalhador’, mas é o mesmo governo que cobra muitos impostos e gasta mal. O problema é que o país não está criando estrutura para crescer por conta própria. É um populismo de curto prazo”, analisou.

Disputa pela paternidade da medida

Bonin destacou ainda que o governo não tem o monopólio político da pauta. A proposta foi aprovada com apoio de diversos partidos, inclusive da oposição, que tenta reivindicar sua origem.

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“Se você conversar com alguém da oposição, vão dizer que a isenção era uma ideia do Bolsonaro, não do Lula. Então o Planalto quer se antecipar e carimbar essa vitória como sua”, disse o colunista.

O analista lembrou que a narrativa da “justiça social” usada por Haddad é típica de um governo que tenta recuperar popularidade. “O discurso deixou de ser técnico para virar eleitoral. O ministro fala como um candidato”, observou.

José Benedito: “Medida justa, mas sem base estrutural”

O colunista José Benedito da Silva avaliou que, embora o reajuste da faixa de isenção tenha efeito social positivo, a proposta não resolve os desequilíbrios fiscais nem estimula o crescimento de longo prazo.

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“É justo aliviar quem ganha menos, mas o problema é que o governo segue gastando muito e não mostra um plano de ajuste consistente. Isso abre espaço para uma crise fiscal lá na frente”, afirmou.

Segundo ele, o Planalto tenta compensar a fragilidade no tema da segurança pública com uma agenda econômica de apelo direto. “É uma tentativa de desviar o foco. O problema é que o discurso do otimismo não apaga os riscos fiscais e a desconfiança do mercado”, concluiu.

Enquanto o governo celebra a “vitória do trabalhador”, analistas veem uma estratégia clara: mudar o assunto e preparar terreno para 2026. A dúvida é se, até lá, a roda virtuosa prometida por Haddad vai girar — ou travar no peso das contas públicas.

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