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O silêncio dos envolvidos em operações suspeitas no escândalo dos aposentados

Braço direito do presidente do Senado recebeu 3 milhões de empresa investigada na CPMI do INSS -- mas nem ele, nem o empresário e nem o senador se explicam

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 set 2025, 16h31

A Arpar Participações e Empreendimentos, empresa apontada pela Polícia Federal como uma das engrenagens usadas para desviar parte da aposentadorias dos idosos, recebeu em sua conta cerca de 98 milhões de reais entre setembro de 2023 e fevereiro do ano passado, sendo que metade deste valor, 49 milhões de reais, oriundos o lobista  Antônio Carlos Camilo Antunes, o chamado ‘Careca do INSS’.

Neste período, o esquema de corrupção desviou 4 bilhões de reais em descontos ilegais nas aposentadorias. A suspeita da Polícia Federal é que a Arpar era usada para lavar o dinheiro roubado dos idosos e pagar propina aos envolvidos na trama.

Reportagem de VEJA publicada na edição impressa da semana passada revelou que um dos pagamentos feitos pela empresa tinha como destinatário o advogado Paulo Augusto de Araújo Boudens. Ele recebeu 3 milhões de reais.

Na época em que os depósitos aconteceram, Boudens era assessor parlamentar no gabinete do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

A revelação causou um alvoroço entre integrantes da CPMI do INSS. Parlamentares fizeram pronunciamentos, apresentaram requerimentos para convocar o advogado a depor, cobraram explicações do presidente do Congresso, mas, curiosamente, predominou o silêncio.

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Paulo Boudens não deu explicações. Davi Alcolumbre foi provocado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), que pediu o afastamento do advogado do quadro de funcionários do Congresso — mas também preferiu manter o silêncio sobre o assunto.

Boudens está lotado no Conselho Político do Senado desde outubro de 2024. Braço direito e homem de confiança do presidente do Congresso, ele foi afastado do cargo de assessor parlamentar de Alcolumbre após a revelação de que no gabinete do senador funcionava um esquema de rachadinha, mas ganhou na sequência o outro posto de confiança no Senado.

Em 2021, uma reportagem de VEJA revelou que seis mulheres da periferia de Brasília foram contratadas no gabinete do Senador, nunca trabalharam e ainda devolviam parte de seus salários.

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A empresa entrou no radar da AGU

A Arpar também silenciou. Procurado, o dono da empresa, Rodrigo Moraes, não quis se pronunciar. Em junho, a Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu bloquear 23 milhões de reais em contas de empresas ligadas ao empresário.

Ex-sócio de Moraes na Aspar, o empresário Anderson Orlandini disse a VEJA que deixou a empresa antes dela manter negócios com o Careca do INSS. “Fundei a Arpar em 2012, mas rompi com o Rodrigo em 2022. A Arpar era uma empresa familiar, não movimentava tantos milhões. O Rodrigo é uma pessoa de boa índole, não sei o que pode ter acontecido”, disse.

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