Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Prorrogamos a Black: VEJA com preço absurdo

O que está por trás do recado de Alcolumbre para Lula

No programa Ponto de Vista, cientista político Rodrigo Prando avalia que a crise é mais um capítulo da frágil articulação política do Planalto

Por Redação Atualizado em 1 dez 2025, 13h22 - Publicado em 1 dez 2025, 13h21

A indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal — anunciada por Lula — desencadeou uma nova crise política em Brasília. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, divulgou uma nota dura neste fim de semana, criticando o que chamou de tentativa do Executivo de criar a “falsa impressão” de que a aprovação de ministros para o STF depende de liberação de cargos e emendas. O assunto foi um dos temas do programa Ponto de Vista desta segunda, 1º de dezembro, apresentado por Marcela Rahal (assista ao vídeo acima).

Para o cientista político Rodrigo Prando, entrevistado no programa, trata-se de “mais um capítulo de crises sucessivas” num governo que ainda não consolidou uma base sólida no Congresso. “O Lula 3 não tem coalizão. Ele já enfrentava atritos com Hugo Motta e agora abre outro foco de tensão com o presidente do Senado”, avaliou.

O que está por trás da nota de Alcolumbre?

A mensagem divulgada pelo senador mira dois pontos centrais: a ausência de envio formal da indicação ao Senado, apesar da publicação no Diário Oficial;  a insatisfação com rumores de que o Planalto estaria oferecendo cargos em troca de apoio a Messias.

Segundo Prando, o texto é um recado explícito de que Alcolumbre não aceitará ser pressionado. “Ele marcou a sabatina para o dia 10, um prazo curto para Messias fazer a peregrinação pelos gabinetes. Isso foi lido como um movimento de resistência”, afirmou.

O cientista político lembra que o senador desejava a indicação do ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, e se viu escanteado no processo. “Lula não trabalhou politicamente a escolha. Não conversou antes com Alcolumbre, não explicou suas razões, não administrou as expectativas. Isso gerou desgaste.”

Continua após a publicidade

Um possível cenário inédito desde 1988

Prando destaca que, desde a redemocratização, nenhum indicado ao STF foi rejeitado pelo Senado. Caso Messias não alcance os 41 votos necessários, Lula enfrentará um revés histórico. “Seria um grave golpe. Não apenas institucional, mas político, porque revelaria um enfraquecimento da articulação do governo”, afirmou.

Ele lembra que, embora a Constituição estabeleça critérios técnicos — notório saber jurídico, reputação ilibada e idade mínima —, a sabatina é, na prática, um ritual político. “O Senado exerce sua prerrogativa e a agenda é definida pelo presidente da Casa. A mensagem de Alcolumbre reforça isso.”

O que Lula precisa fazer agora?

Segundo o professor, o Planalto terá de agir rapidamente para conter a escalada da crise. “O presidente Lula precisa ir a campo. Há aliados dizendo que não é o momento de ele conversar com Alcolumbre, mas me parece inevitável”, afirmou.

Continua após a publicidade

O cientista político também observa que o senador pode estar ampliando o conflito por motivos que vão além da indicação em si. “Há quem diga que ele não deseja apenas cargos. Que mira posições estratégicas, como o comando do Banco do Brasil. Parte da política se move por interesses dessa natureza — e isso, desde que respeite princípios republicanos, não é ilegal.”

Prando conclui que o gesto de Alcolumbre de “esticar a corda” pode estar relacionado ao calendário eleitoral de 2026. “Ele está se posicionando para o ano que vem. A indicação ao STF virou palco de uma disputa maior.”

VEJA+IA: Este texto resume um trecho do programa audiovisual Ponto de Vista (confira o vídeo acima). Conteúdo produzido com auxílio de inteligência artificial e supervisão humana.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.