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O que é a ‘Bancada Cristã’ e por que ela vem causando polêmica no Congresso

Se aprovado, agrupamento teria voz e voto no colégio de líderes da Câmara, que decide as prioridades da Casa

Por Anna Satie 23 out 2025, 15h12

Os deputados aprovaram nesta quinta, 22, a urgência para a resolução que cria a “Bancada Cristã’ na Câmara, por 398 votos a 30. Na prática, isso significa que a proposta não precisará passar por comissões e pode ser votada em plenário a qualquer momento. 

Pautar o projeto é prerrogativa do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), que anunciou que colocaria a urgência em votação depois de participar de um culto ecumênico na Casa, dizendo que o requerimento demonstra que “as bancadas evangélica e católica têm interesse em muitas pautas que são de interesse da população brasileira”. 

A criação do grupo é iniciativa dos líderes das frentes parlamentares evangélica e católica, respectivamente Gilberto Nascimento (PSD-SP) e Luiz Gastão (PSD-CE). Se aprovada, o representante dessa bancada passaria a participar do colégio de líderes da Câmara, onde se decide quais projetos vão a plenário, e poderia fazer indicações de integrantes em comissões. 

Para Gastão, o projeto é importante porque mais de 80% da população brasileira é cristã. “[Essa bancada não será] nem de direita, nem de esquerda. Nosso objetivo maior é que nossa cruz, nosso senhor Jesus Cristo possa estar dentro desse Congresso, no nosso dia a dia e em todos os lugares dessa nação”, falou. 

A iniciativa foi criticada, porém, por parlamentares de esquerda, que apontaram a necessidade de que a Câmara –e o Estado brasileiro – sejam laicos. “Votamos contra, não porque somos contra a fé, pelo contrário, respeitamos e defendemos toda forma de crença”, disse Talíria Petrone (PSOL-RJ). “Transformar a fé em instrumento institucional de poder é inconstitucional e perigoso. O Congresso não pode se transformar em púlpito”, completou.

Para Tarcísio Motta (PSOL-RJ), o requerimento é escandaloso. “[É] um privilégio concedido a uma religião em detrimento de todas as outras, uma violação frontal ao princípio da laicidade do Estado brasileiro”, falou. “Se for preciso, recorreremos ao STF para impedir que esse retrocesso seja consolidado, caso ele seja aprovado”, disse. 

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