O que diz a ação que tenta impedir a fusão entre o PTB e o Patriota
Cinco dirigentes do partido de Roberto Jefferson contrários a essa ideia apontaram ilegalidades na convenção que macularia a união entre as legendas
Cinco dirigentes do PTB ajuizaram uma ação na Justiça Eleitoral na qual pedem a impugnação ao pedido de registro de criação do partido “Mais Brasil” – fusão entre a legenda de Roberto Jefferson e o Patriota.
Na petição enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os dirigentes que não concordam com a junção das duas legendas alegam que a convenção nacional do PTB no ano passado foi fraudada, o que “macularia o processo de fusão partidária”.
Eles apontam que a convenção que aprovou a fusão com o Patriota foi comandada por Marcus Vinicius de Vasconcelos Ferreira, genro de Roberto Jefferson e presidente nacional do PTB. Ferreira, na verdade, deveria estar afastado do cargo na época da convenção por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes. O genro de Jefferson é alvo do inquérito das fake news e era suspeito de usar dinheiro do fundo partidário para financiar atos antidemocráticos.
“Se não bastasse tamanha ilegalidade, a convenção nacional conjunta do PTB e Patriota, elegeu a nova executiva do Partido Mais Brasil, alçando o presidente afastado do PTB ao cargo de tesoureiro do novo partido em seu primeiro biênio e a presidente nacional no segundo biênio, o que demonstra mais uma vez um completo escárnio com as decisões judiciais”, escreveram os autores da ação.
O texto foi enviado em nome do secretário nacional de planejamento e estratégia do PTB, Gean Prates; do primeiro-secretário de mobilização, Eduardo Lucena; do tesoureiro, Jefferson Homrich; do ex-secretário-geral, Flavio Ricardo Beall; do vice-presidente da juventude do partido, Caio Dantas; e de José Vargas, outro membro da executiva.