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O “quadrado mágico” de Lula para 2026

Presidente ampara sua campanha aberta à reeleição num grupo de ministros com papéis bem definidos

Por Daniel Pereira Atualizado em 3 nov 2025, 09h37 - Publicado em 2 nov 2025, 15h50

Mesmo antes de anunciar publicamente que disputará a reeleição, Lula já estava em ritmo de campanha, viajando pelo país, anunciando medidas de forte apelo popular e negociando a formação de palanques nos estados.

De olho em 2026, o presidente tem contado com a ajuda de um grupo seleto de ministros, que receberam missões bastantes específicas e formaram uma espécie de “quadrado mágico” na estratégia de jogo de Lula para derrotar a direita na próxima corrida eleitoral.

A nova estrela desse grupo é Guilherme Boulos (PSOL-SP), nomeado ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. Deputado federal mais votado por São Paulo em 2022, ele terá como prioridade reaproximar o governo dos movimentos sociais — ou, como disse, das ruas.

Sua posse no cargo formaliza uma mudança de estratégia. Em 2022, Lula venceu Jair Bolsonaro prometendo formar uma frente ampla para governar o Brasil, que, segundo o petista, enfrentava uma ameaça de ruptura democrática. No poder, ele até distribuiu uma dezena de ministérios a partidos de centro, mas deixou as principais pastas com o PT.

Diante da polarização, alguns de seus auxiliares defendiam que o ideal era adotar um discurso moderado, supostamente capaz de atrair o eleitorado médio. Essa ideia foi abandonada. Por ordem do presidente, o governo deixará cada vez mais claro que tem lado no embate político e radicalizará suas posições. A pregação do “nós contra eles” — ou dos pobres contra a Faria Lima — encontra em Boulos um entusiasmado porta-voz.

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Outra peça fundamental nos planos eleitorais de Lula é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que, apesar da situação combalida das contas públicas, tem participado da elaboração de medidas destinadas a expandir o capital eleitoral do presidente — da ampliação do programa de distribuição de gás de cozinha ao aumento da faixa de isenção de imposto de renda, passando por linhas de crédito capazes de permitir à classe média realizar o sonho da casa própria.

Todas essas ações são exploradas pela equipe do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o marqueteiro Sidônio Palmeira, que ajudou o presidente a recuperar popularidade, ganhar pontos nas pesquisas eleitorais e se organizar minimamente para o embate político nas redes sociais, onde a oposição ainda nada de braçada.

Fechando o quadrado mágico aparece o mais discreto e improvável dos jogadores: o vice Geraldo Alckmin, que assumiu a linha de frente das negociações com os Estados Unidos sobre o tarifaço e, com quatro mandatos de governador de São Paulo no currículo, aproveitou o desafio para tentar estreitar as relações da gestão Lula com os exportadores do maior colégio eleitoral do país, prejudicados pelas sobretaxas americanas.

A um ano da eleição, Lula já tem quem o ajude com a mobilização popular, o cofre da União, a elite econômica e a publicidade. Enquanto isso, a oposição ainda luta para encontrar um candidato. O petista, como se diz, está jogando sozinho.

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