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O plano de Bolsonaro para reduzir a vantagem de Lula no Nordeste

Campanha do presidente aposta em aumento da abstenção na região, o que prejudicaria o adversário, e quer parceria com o ACM Neto na Bahia

Por Daniel Pereira Atualizado em 11 out 2022, 12h04 - Publicado em 8 out 2022, 12h34

Além de priorizar o Sudeste, Jair Bolsonaro (PL) dedicará nesta reta final de campanha atenção especial ao Nordeste, região em que Lula (PT) abriu uma diferença de cerca de 13 milhões de votos no primeiro turno.

Coordenadores da campanha à reeleição querem que prefeitos e deputados (estaduais e federais) que são de partidos da coligação de Bolsonaro mas pediram voto a Lula no Nordeste saíam de cena e não incentivem mais os eleitores a participar da votação, já que as eleições para a Câmara dos Deputados e as assembleias estaduais acabaram. Essa desmobilização, segundo os bolsonaristas, teria como consequência o aumento da abstenção, o que reduziria a quantidade de votos em Lula.

Outra prioridade é fechar uma aliança com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), candidato ao governo da Bahia, que assim abriria palanque ao presidente.  Neto já foi procurado por interlocutores de Bolsonaro, que acenam a ele com a possibilidade de receber um cargo público de relevância no futuro governo.

O raciocínio dos bolsonaristas é o seguinte: se mantiver a neutralidade, Neto perderá no segundo turno para o candidato do PT no estado, Jerônimo Rodrigues, que já o derrotou no primeiro turno por uma diferença de 700 000 votos. Mas, caso se alie ao presidente, Neto aumentará suas chances e, mesmo se perder, será credor de uma retribuição. Até aqui, o ex-prefeito resiste à oferta, por entender que a rejeição a Bolsonaro lhe prejudicará. 

Quarto maior colégio eleitoral do país, a Bahia deu a Lula no primeiro turno 3,8 milhões de votos a mais do que a Bolsonaro, uma diferença maior do que a vantagem que o presidente teve sobre o antecessor em toda a região Sudeste, de 2,5 milhões de votos.

Para reduzir o prejuízo entre os eleitores nordestinos, o presidente também conta com o apoio de líderes evangélicos. Na semana passada, durante uma visita a um templo da Assembleia de Deus, em São Paulo, Bolsonaro — acompanhado da primeira-dama Michelle e de Tarcísio de Freitas — pediu que os evangélicos liguem para os seus parentes no Nordeste a fim de explicar o risco de votar em Lula.

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