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O novo gol de Alexandre de Moraes contra Bolsonaro

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 out 2022, 15h18

O segundo turno das eleições está chegando e fica cada vez mais evidente o cenário desenhado pelo atual governo: de um lado, o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados insistem  em usar os órgãos de Estado a seu favor; do outro, o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades tentam frear o uso inadequado da máquina pública.

No caso mais recente, Moraes deu um prazo de 48 horas para que as Forças Armadas apresentem o relatório da auditoria feita nas urnas durante o primeiro turno. Os militares se comprometeram a entregar o documento. Nada mais justo do que Moraes cobrar as informações.

Acontece que o Ministério da Defesa emitiu nota ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avisando que o relatório ainda não foi feito e que não entregará o documento antes do fim do segundo turno. O recuo dos militares é preocupante porque, mais uma vez, um órgão do Estado parece estar trabalhando para favorecer Jair Bolsonaro, que continua perdendo a disputa para Lula segundo as pesquisas de intenção de voto.

Tanto o presidente como seus apoiadores insistem em duvidar da transparência do processo eleitoral e da segurança das urnas eletrônicas. Antes do primeiro turno, Bolsonaro chegou a dizer que, se não tivesse a vitória já na primeira etapa da disputa, algo de “anormal” estaria acontecendo dentro do TSE.

Pois bem. A vitória no primeiro turno não veio, mas Bolsonaro também não questionou muita mais o resultado das urnas. Pelo menos até o momento. Assim que terminou a primeira etapa da eleição, Bolsonaro disse que iria esperar o parecer das Forças Armadas para falar sobre a apuração dos votos.

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Agora, os militares garantem que o presidente não teve acesso a nenhum relatório até o momento.

“Convém esclarecer que, devido à atual inexistência de relatório, não procede a informação de que ocorreu entrega do suposto documento a qualquer candidato”, aponta o Ministério da Defesa.

Fica difícil acreditar nas contradições criadas por Bolsonaro e seus aliados. Independentemente da entrega do relatório, Alexandre de Moraes permanece deixando claro que não vai se omitir diante de qualquer suspeita de abuso de poder político. O ministro tem tido a coragem de enfrentar aqueles que acham que estão acima da lei.

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Quanto aos militares, é lamentável que as Forças Armadas tenham se transformado num grupo político apoiador de Bolsonaro. Um órgão de Estado que se transformou em órgão de governo e que afirma que não vai divulgar o resultado da fiscalização que fez até que o segundo turno termine, na esperança de que seu presidente seja reeleito. Ou que ele possa atacar a democracia usando, de novo, os militares.

Ou alguém dúvida que é isso que está sendo armado?

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