Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Prorrogamos a Black: VEJA com preço absurdo

O impacto silencioso que explica o favoritismo de Lula

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 dez 2025, 17h35 - Publicado em 5 dez 2025, 17h00

A política costuma ser ruidosa, mas há momentos em que o que realmente importa acontece longe do barulho. Enquanto Brasília se ocupa de crises entre poderes, disputas internas e falta descompasso entre governo e oposição, a economia brasileira atravessa uma combinação rara de indicadores positivos. Essa sequência cria o ambiente no qual a candidatura de Lula à reeleição não apenas se sustenta, mas ganha tração.

O dado mais simbólico dessa virada é a sanção da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A medida, que começa a valer em janeiro, deve retirar cerca de 10 milhões de brasileiros da cobrança do IR e reduz a carga para outros 5 milhões. É uma entrega concreta, de efeito imediato, em uma faixa de renda onde as pessoas sentem cada centavo. O ex-presidente Jair Bolsonaro prometeu algo parecido e não cumpriu. Lula prometeu e entregou. E fez isso diante de um Congresso hostil.

Ao mesmo tempo, o país atingiu a menor taxa de desemprego desde 2012, no início da série histórica, 5,4% (ainda que o número seja controverso) . Há mais de 102 milhões de brasileiros ocupados, um recorde, e o governo pode usar esse número. Também é recorde o número de trabalhadores com carteira assinada. Além disso, a massa salarial alcançou o maior patamar já registrado, um sinal evidente de que a recuperação do emprego não está restrita a postos somente precários. Há renda real circulando.

Esse movimento se reflete nos índices de pobreza. Mais de 8,6 milhões de pessoas deixaram a linha da pobreza e a extrema pobreza caiu ao menor nível já medido. A desigualdade também recuou, com o menor índice em mais de uma década. Não é apenas uma fotografia conjuntural. É uma trajetória de melhora contínua desde 2022, quando o mercado de trabalho voltou a aquecer e os programas de transferência de renda foram reforçados.

A inflação, que por tanto tempo foi um adversário político, hoje trabalha a favor do governo. A projeção atualizada aponta para 4,43% ao fim do ano, dentro do limite da meta. Outubro registrou o menor índice para o mês em quase 30 anos. O ambiente de preços mais previsível devolve confiança ao consumo, especialmente entre as famílias de renda média e baixa, justamente aquelas que agora terão alívio no Imposto de Renda.

Continua após a publicidade

Do outro lado da equação, o mercado financeiro opera em compasso de otimismo. A Bolsa brasileira fechou novembro no maior patamar da história, com alta superior a 32 por cento no ano. O dólar caiu quase 14% no mesmo período. Não é exatamente o retrato de um governo em conflito com investidores, apesar da narrativa repetida pela oposição.

O conjunto desses fatores, emprego alto, pobreza em queda, inflação sob controle, dólar mais baixo, Bolsa em recorde e isenção de IR para a imensa maioria dos assalariados, compõe um ambiente que favorece qualquer governo. E favorece ainda mais um governo que sabe explorar simbolicamente as entregas. Lula faz isso com naturalidade. Repete a frase sobre pouco dinheiro na mão de muitos e reforça a ideia de que as ações do Planalto beneficiam diretamente quem vive do próprio trabalho.

Faltam dez meses para a eleição, tempo suficiente para que muita coisa aconteça. Mas hoje o quadro é inequívoco. Lula entra na disputa amparado pelos melhores indicadores sociais e econômicos desde o início da década passada. E com uma entrega de forte impacto eleitoral que a oposição não conseguiu neutralizar, milhões de brasileiros que, a partir de janeiro, deixarão de pagar imposto de renda.

A aritmética eleitoral costuma ser implacável. E, neste momento, ela trabalha a favor do presidente.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.