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O duplo objetivo de Renan Calheiros na CPI do 8 de janeiro

Relator da comissão parlamentar que desgastou Jair Bolsonaro na pandemia, senador tenta repetir a dose - e ainda fustigar adversário político

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 abr 2023, 09h38

Fiador da oposição como relator da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que colou em Jair Bolsonaro o epíteto de “genocida” na condução do país durante a pandemia de coronavírus, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) tem um duplo objetivo ao se apresentar como candidato a “homem-chave” da provável CPI do 8 de janeiro, cuja criação foi oficializada na quarta-feira, 26.

Além de marcar posição contra o desafeto político e presidente da Câmara Arthur Lira (Progressistas-AL), que trava uma briga pessoal contra o alagoano pela indicação da relatoria, Calheiros fez chegar ao Palácio do Planalto que ele repetiria a dose contra o bolsonarismo na nova CPI e tem experiência suficiente para fazer “a investigação que precisa ser feita”.

A relatoria de uma CPI é o posto mais importante do colegiado por decidir os rumos da apuração, elencar quem e quando cada alvo deve se apresentar para ser interrogado e redigir o relatório final que listará culpados e crimes pelos atos de que depredaram as sedes dos três poderes.

O duelo político entre Renan e Lira leva em conta o fato de a comissão de inquérito ser mista e, portanto, tanto senadores quanto deputados terão assento como titulares e ambos terem a ambição de emplacar postos-chave, como o presidente e o relator. Renan trabalha em nome próprio e Lira tentou apadrinhar André Fufuca (Progressistas-MA) e depois Arthur Maia (União-BA), considerados homens de confiança do parlamentar e seus olhos no andamento das investigações.

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Na noite de segunda-feira, 24, o Palácio do Planalto contabilizava que Calheiros havia perdido a batalha para Lira, mas o cenário se reverteu no dia seguinte, quando um aparente acordo para que coubesse a um deputado a relatoria dos trabalhos foi desfeito. Na sequência, nova reviravolta e a retomada das pressões de Lira para indicar pelo menos o presidente da CPI.

A CPI terá 32 cadeiras. Pelos cálculos preliminares do governo, pelo menos 21 da base de apoio ao Planalto, sendo parte deles integrantes do “blocão de Lira”, um amontoado de partidos – Progressistas, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e PSDB-Cidadania – capitaneado pelo presidente da Câmara em reação ao superbloco de mais de 140 deputados formado pelo MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC.

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