Política

Os critérios que levaram Janja a receber a mais alta comenda da Cultura

Ministra propõe o nome das personalidades ao presidente da República, que dá a palavra final sobre as condecorações

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 25 Maio 2025, 12h29 - Publicado em 25 Maio 2025, 11h44

HOMENAGEM - Janja recebeu honraria em cerimônia realizada nesta semana (Reprodução/Reprodução)

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, recebeu na última semana a Grã-Cruz da Ordem, a maior honraria concedida pelo governo a nomes que contribuíram de alguma forma para a cultura brasileira.

No mesmo dia, o governo também concedeu a honraria de Comendador – a segunda mais relevante dentro da hierarquia de distinções honoríficas — para personalidades como Daniel Munduruku, ativista indígena, autor de mais de 50 livros e vencedor de duas edições do Prêmio Jabuti; Marilena Chauí, filósofa e professora, além de reconhecida pensadora da esquerda brasileira; e Conceição Evaristo, escritora e intelectual mineira que é referência na literatura afro-brasileira.

Na mesma cerimônia, o Ministério da Cultura homenageou com a comenda de Cavaleiro – a terceira categoria mais relevante – artistas como a cantora Maria Rita, filha de Elis Regina e vencedora oito vezes do Grammy Latino, um dos principais prêmios da música; e Alice Ruiz, poeta, letrista e vencedora de duas edições do Prêmio Jabuti.

No total, quarenta pessoas foram homenageadas com a Grã-Cruz. Além da primeira-dama, receberam a mais alta comenda personalidades como a atriz Fernanda Torres e o cineasta Walter Salles Júnior – premiados com o Oscar de melhor filme estrangeiro com Ainda Estou Aqui.

O Ministério da Cultura explicou os critérios utilizados para a selecionar os agraciados.

“A escolha leva em consideração contribuições relevantes à cultura brasileira e busca observar, sempre que possível, a diversidade de gênero, regional e de segmentos culturais. Neste ano, o processo contou com ampla participação popular e o Ministério da Cultura recebeu mais de 11 mil contribuições via consulta pública, refletindo representatividade nacional nos mais variados segmentos. Cabe à Ministra da Cultura (Chanceler da Ordem) propor os nomes ao Presidente da República, que oficializa a condecoração por decreto. Assim, a decisão de conferir os graus foi tomada com base nesse processo institucional, respaldado pelo parecer técnico e pelo colegiado”, diz a nota divulgada pela Pasta.